Santa Catarina finalizou, nesta quinta, dia 17, a participação na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), no Egito, falando sobre a importância da preservação e da recuperação da Mata Atlântica.

Representando o Governo do Estado, o secretário executivo do Meio Ambiente, Leonardo Porto Ferreira, cobrou, durante o painel “Sustentabilidade dos Biomas Brasileiros” mais ações de regularização fundiária e a criação de mais Unidades de Conservação. O debate foi promovido pela Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema).

O bioma Mata Atlântica se estende por 17 estados, abrigando mais de 20 mil espécies de vegetais, mil tipos de aves e 400 de peixes. Além da rica fauna e flora, abriga mais de 70% da população do Brasil. Reconhecido pela elevada biodiversidade, produz 50% dos alimentos consumidos pelos brasileiros, e mesmo assim ainda é o bioma mais devastado do país.

O secretário ressaltou no evento que Santa Catarina conta com o Sistema Integrado de Monitoramento Ambiental (Simad), que disponibiliza para o Paraná, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul um monitoramento em tempo real da Mata Atlântica. O Simad já colaborou, por exemplo, com a redução de quase 15% do desmatamento na região Sul.

Santa Catarina defendeu, ainda, um esforço conjunto dos Estados para a regularização fundiária dentro das Unidades de Conservação, sendo o Cadastro Ambiental Rural uma ferramenta de extrema importância. Junto com o Ministério do Meio Ambiente e o Serviço Florestal Brasileiro, o Cadastro tem sido peça chave no combate às irregularidades.