Conselho de Desenvolvimento Regional de Itajaí aborda necessidades da segurança pública
A segunda reunião do ano do Conselho de Desenvolvimento Regional tratou o tema segurança pública e contou com a presença de autoridades políticas, policiais e lideranças comunitárias, nesta quinta-feira, 14, na sede da secretaria Regional de Itajaí. O encontro transformou-se em um fórum de debate em torno das ações do Governo do Estado, dos números da violência e das necessidades dos batalhões e delegacias.
Foi a primeira oportunidade que a região teve de ver reunidos prefeitos, vereadores, presidentes de associações de moradores, membros de conselhos comunitários de segurança, representantes de associações empresarias, de câmaras de dirigentes lojistas, delegados, oficiais da polícia militar dos três batalhões: 1º (Itajaí), 12º (Balneário Camboriú) e 25º (Navegantes), advogados, secretários municipais de segurança, entre outros servidores públicos municipais e estaduais. O deputado estadual Mauricio Eskudlark, da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa, também esteve presente. Mais de cem pessoas marcaram presença nas discussões. “Vínhamos observados o esforço de diversas associações de moradores e conselhos de segurança em reuniões de bairros e audiências e em todas o pedido é sempre o mesmo, basicamente maior efetivo policial. O Conselho de Desenvolvimento propôs uma ação conjunta, representativa de todos os municípios, para apresentação do que precisamos para a segurança pública”, disse a secretária regional, Eliane Rebello, que preside o conselho.
O comandante da 3ª Região Militar, tenente-coronel Reinaldo Boldori, fez explanação sobre a tecnologia empregada no atendimento de ocorrências, que com o uso de tablets no policiamento ostensivo e sistema de localização de viaturas, reduz o tempo-resposta aos chamados da comunidade. O comandante também expôs as dificuldades que o governo enfrenta para formar novos policiais. No concurso público mais recente, dos 4500 inscritos, apenas 380 passaram em todos os testes. No novo concurso, aberto pela Secretaria de Estado da Segurança Pública, são 15 mil inscritos para fechar 668 vagas. “Das cem vagas que esperávamos preencher para a região, apenas quarenta e sete foram efetivadas”, explicou o comandante. Boldori também falou que em média 500 policiais se aposentam da corporação todos os anos. “O governo leva quase um ano para formar um novo policial. Nos últimos anos houve um substancial investimento na contratação, mas a defasagem era muito grande. Precisamos repor estes policiais que deixam os batalhões da região”, observou.
Efetivo civil
Na área da Polícia Civil, o delegado titular da Delegacia de Polícia do Litoral, Celso Corrêa, mostrou números e comentou a expectativa dos delegados para o ingresso de 500 novos policiais neste ano. “Temos registrado uma excelente média na elucidação de crimes contra a vida, mas com a defasagem de policiais a investigação fica comprometida em outros tipos de crimes. Nossos esforços estão concentrados na garantia de um novo efetivo e na construção do Complexo de Segurança da Polícia Civil em Balneário Camboriú”, ressaltou o delegado.
O prefeito da maior cidade da região, Itajaí (que recentemente despontou como o maior PIB de Santa Catarina), Jandir Bellini, ressaltou o “valoroso trabalho dos policiais” e ponderou sobre as necessidades dos municípios. “Somos uma região forte economicamente, com turismo bem estruturado e os prefeitos fazem a sua parte no quesito segurança, com a contratação de guardas municipais, no aparelhamento de centrais de monitoramento e instalação de câmeras, entre outras ações. Somos parceiros e vamos atuar regionalmente na apresentação das nossas necessidades”, disse.
Participação comunitária
A presidente do Conseg do loteamento Santa Regina, de Itajaí, Perci Seemund, destacou o importante papel dos conselhos. “No nosso bairro usamos aplicativos de celular para informar a polícia sobre ocorrências e contamos com rondas na maior parte do dia. Foi com a participação comunitária que conquistamos maior atenção. É preciso incentivar a criação dos Consegs em todos os bairros”, salientou.
De acordo com a presidente do Conselho de Desenvolvimento Regional, todas as ponderações farão parte de um documento que será entregue ao governador Raimundo Colombo e norteará ações futuras, de curto a longo prazo. “O papel do conselho é o de pensar e planejar ações conjuntas. Os problemas enfrentados pelos municípios são os mesmos e devem ser combatidos de igual forma”, analisou Eliane Rebello.
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