Os participantes da 3ª Conferência Estadual de Economia Solidária apresentaram na sexta-feira, dia 30, em Florianópolis, as propostas estaduais que serão debatidas na conferência Nacional do setor. Também foram eleitos 64 delegados para representar Santa Catarina no evento.

O Secretário Adjunto de Assistência Social, Trabalho e Habitação (SST), Rafael Palmares, disse que o Governo do Estado quer receber representantes do Fórum Catarinense de Economia Solidária e do Movimento dos Catadores para implementar os projetos de economia solidária. 

Das dez propostas debatidas pelos delegados estão a garantia de espaços multiuso existentes em locais públicos, como feiras eventuais e permanentes; organização do sistema de finanças solidárias e aprimoramento da legislação sobre as cooperativas de crédito; garantia de formação em economia solidária e aprovação do marco legal e regulatório para o segmento.

A conferência estadual tem o objetivo de realizar um balanço sobre os avanços, limites e desafios da economia solidária em Santa Catarina. O evento é organizado pela Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação (SST) em parceria com a superintendência Regional do Trabalho e Emprego, o Conselho Estadual do Artesanato e o Fórum Catarinense de Economia Solidária.

No Estado, a SST coordena duas ações relacionadas ao tema. Trata-se do projeto de catadores, que consiste na qualificação social, profissional e geração de renda para 1.396 catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis em Florianópolis e Criciúma – o Reciclando a Vida.

O projeto de ações integradas de economia solidária dará apoio a empreendimentos populares, coletivos e solidários para que ocorra a formalização, qualificação dos beneficiários e da produção. A identificação e seleção dos empreendimentos e iniciativas já existentes serão realizadas por meio de encontros regionais. Serão beneficiados 730 trabalhadores individuais e 30 empreendimentos. Um centro de comercialização de artesanato e economia popular deve ser instalado em Lages.

Economia solidária – Os projetos de economia solidária são baseados nos princípios de cooperação, solidariedade, inserção social e econômica. São atividades como cooperativas, associações, clubes de troca, empresas autogestionárias, redes de cooperação, entre outras, que realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças solidárias, trocas, comércio justo e consumo solidário. Entre os diversos grupos beneficiados com esse tipo de ação estão trabalhadores rurais e urbanos; prestadores de serviços; mulheres; trabalhadores beneficiários do Cadastro Único do governo federal (CadÚnico).
O Ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, citou a importância da economia solidária. “A economia solidária é uma de nossas prioridades”, disse.

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Luciane Lemos
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