Complexo Penitenciário do Estado forma novas turmas de detentos que concluíram cursos profissionalizantes
Novas turmas de detentos do Complexo Penitenciário do Estado completaram cursos profissionalizantes realizados dentro da unidade, localizada em São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis. A formatura realizada na manhã desta segunda-feira, 13, garantiu certificados para 37 alunos, 24 no curso de eletricista/instalador predial de baixa tensão e 13 no de padeiro.
Cada um dos cursos teve carga de 220 horas de aula. A iniciativa faz parte do Pronatec, programa do governo federal voltado para qualificação profissional, e tem apoio técnico da equipe do Senai-SC. A cerimônia desta segunda contou com a presença do diretor do Departamento de Administração Prisional (Deap), Edemir Alexandre Camargo Neto, representantes da direção da unidade prisional e familiares dos internos.
Fotos: James Tavares/Secom
Também dentro da unidade de São Pedro de Alcântara já foram concluídos neste ano cursos profissionalizantes para pedreiro de alvenaria e para instalação de condicionadores de ar, estes com carga de 180 horas cada um – foram cerca de 40 alunos participantes e a formatura deve ser realizada ainda neste mês. E outros 27 alunos da unidade participam do curso em andamento para pintor de obras, com conclusão prevista para junho.
O diretor da unidade, Hilberto Antônio Vieria Júnior, explica que para participar dos cursos, os detentos passam por uma comissão técnica de classificação, que envolve avaliações por psicólogos e assistentes sociais.
Vieira Júnior destaca também a importância dos cursos para o futuro do detento dentro e fora da unidade. “Na questão disciplinar, a educação e o trabalho trazem benefícios que não dá nem para mensurar. O aluno que estuda ou trabalha não causa problema dentro da unidade. E estes cursos também têm um papel fundamental na ressocialização do interno quando em liberdade. Muitos entram na unidade sem qualquer formação profissional e saem daqui com estas novas ferramentas para buscar um lugar no mercado de trabalho”, explica o diretor.
Um dos formandos do curso de padeiro, Pedro Paulo Junco, 31, encara o curso como uma grande oportunidade para quando deixar a complexo penitenciário. “Esse curso é uma porta que se abre para o universo lá fora. Com a qualificação profissional, saímos mais preparados. Mas além de aprendermos uma profissão, também nos tornamos pessoas melhores”, afirma.
O Complexo Penitenciário do Estado conta atualmente com cerca de 1.200 detentos em São Pedro de Alcântara, sendo que, destes, 400 estão trabalhando dentro da unidade, em oficinas mantidas em parcerias com empresas de diferentes segmentos. Cada três dias trabalhos reduz um dia da pena. E cada interno recebe um salário mínimo por mês, que pode ser repassado para a família.
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