Comitê aprova plano de trabalho para garantir sanidade de pomáceas
O Comitê Interestadual de Sanidade de Pomáceas (CISP) aprovou o plano de trabalho para os próximos dois anos em reunião realizada no auditório do Sindicato Rural de Lages, nesta terça-feira, 20, na Serra Catarinense. Instituído por Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e formado por técnicos e representantes da cadeia produtiva, o CISP tem como objetivo subsidiar tecnicamente as secretarias estaduais de Agricultura, o Ministério de Agricultura (MAPA) e os órgãos de defesa agropecuária com procedimentos para garantir a segurança sanitária de pomáceas.
O plano de trabalho aprovado tem caráter bianual e propõe o estabelecimento de diretrizes para garantir a sanidade das pomáceas cultivadas nos três estado do Sul. Desta forma, técnicos do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul estarão integrados para desenvolver gestões que contribuam para a solução de problemas sanitários (pragas e doenças fitossanitárias), assim como captar recursos para atendimento de situações sanitárias emergenciais, entre outras ações, como apresentar propostas de revisão da legislação e estabelecer canais de comunicação e informação técnica entre entidades, produtores e sociedade.
De acordo com Yuri Ramos, gestor regional da Cidasc em Lages, as pomáceas sofrem três ameaças sanitárias que necessitam ser observadas pela cadeia produtiva. “Temos o cancro europeu, que está presente no país; a Cydia Pomonella, que foi erradicada no Brasil, e o fogo bacteriano, existente em outros locais (exterior) e que exige uma vigilância constante das autoridades sanitárias. A nossa ideia aqui é aprovar o plano de trabalho e definir os principais limites de atuação de cada integrante do comitê”, explica.
O CISP conta com total apoio da Secretaria Estadual de Agricultura de Santa Catarina. “Participamos ativamente da criação do comitê, e o secretário Airton Spies abraçou a causa, pois é uma ação que favorece a todos, começando pelos produtores e chegando até aos consumidores”, afirma a secretária executiva do CISP, Francieli Magri, que coordenou os trabalhos na reunião.
Diretor executivo da Associação Brasileira de Produtores de Maça (ABPM), Moisés Lopes de Alburquerque destaca a importância da formação do CISP para a cadeia produtiva. “É um órgão independente e através dele queremos sugerir política públicas em busca de uma excelência na produção, fazendo com que o CISP seja uma marca reconhecida nacionalmente e internacionalmente”, afirma. Em 2017, de acordo com a ABPM, o Brasil produziu 1,330 milhão de toneladas de maçãs, gerando um faturamento na cadeira produtiva da ordem de R$ 6 bilhões, com a geração de 150 mil empregos diretos e indiretos, sendo a maçã a terceira fruta mais consumida no Brasil, atrás apenas da banana e da laranja.
SAIBA MAIS:
* O CISP foi instituído em 13 de junho de 2017 pelos secretários estaduais de Agricultura do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
* As reuniões – duas por ano – serão realizadas nos meses de março e novembro.
* É formado por representantes das secretarias de Agricultura de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, técnicos de órgãos de pesquisa agropecuária (Cidasc, Epagri, Adapar, Iapar e Embrapa) e das associações de produtores (ABPM, Amap, Frutipar e Agapomi).
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