Colombo recebe medalha da Ordem do Mérito Industrial de SC, o mais alto reconhecimento da indústria do Estado
Foto: James Tavares/Secom
O governador Raimundo Colombo foi um dos homenageados pela Federação das Indústrias (Fiesc), nesta sexta-feira, 19, com a medalha da Ordem do Mérito Industrial de Santa Catarina, o mais alto reconhecimento da indústria do Estado. A medalha foi criada no ano 2000 e Colombo é o primeiro governador a receber a condecoração ainda no exercício do cargo.
Em seu discurso, o governador agradeceu a homenagem e destacou o ambiente colaborativo promovido em Santa Catarina para fazer as mudanças necessárias para manter o equilíbrio do estado e o bom ritmo de investimentos, sem aumentar impostos mesmo diante da queda da arrecadação. Colombo lembrou que com apoio da Assembleia Legislativa, deu início a reforma da previdência; levou adiante a discussão sobre as dívidas dos estados com a União, movimento que favoreceu todas as federações; e investiu e segue investindo em melhorias de gestão, para qualificar cada vez mais os gastos públicos.
“Partilho com toda equipe de governo essa comenda que recebo hoje, com todos que ajudam a carregar o peso do dia a dia. Não tem sido um trabalho fácil, mas o importante é continuar fazendo um serviço bem feito e seguir em frente, mesmo com o cenário de crise e de tantas mudanças. Não podemos ter medo do futuro. É preciso continuar sonhando e trabalhando por um estado e um país cada vez melhores para todos”, discursou.
Em cerimônia em Florianópolis, também receberam a medalha os industriais Ademar Sapelli, de Brusque; Álvaro Weiss, de São Bento do Sul; Carlos Rodolfo Schneider, de Joinville; e José Samuel Thiesen, de Saudades. E o industrial Ingo Fischer, de Brusque, recebeu a Ordem do Mérito Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O governador Colombo afirmou estar honrado em fazer parte do seleto grupo. “Os industriais que também estão sendo homenageados aqui são um reflexo da indústria catarinense, marcada pelo forte empreendedorismo, pela coragem e pela ousadia”, comparou.
“Hoje é um dia festivo, um momento de homenagear pessoas que nos incentivam a seguir sempre em frente, homenagear pelos relevantes serviços prestados ao estado e ao país. São trajetórias que têm em comum a dedicação ao trabalho e a capacidade de liderar”, afirmou o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte.
O presidente da Fiesc ressaltou a situação diferenciada de Santa Catarina, com sinais de retomada e bons indicadores na geração de emprego, mesmo diante da crise nacional, tendo, por exemplo, a menor taxa de desocupação do país. E para continuar promovendo um ambiente favorável ao desenvolvimento, voltou a defender o não aumento de impostos.
Em agradecimento ao homenageado governador, Côrte destacou que Colombo cumpriu o compromisso firmado nas campanhas de 2010 e 2014 de não aumentar a carga tributária em Santa Catarina, mesmo diante da crise financeira e fiscal que afeta praticamente todos os estados brasileiros levando grande parte dos governos estaduais a aumentar impostos. “Agradecemos e reconhecemos os esforços do governador nesse sentido, em um movimento praticamente isolado no país”, destacou o presidente.
Foram homenageados, ainda, sindicatos que cooperam para o fortalecimento da representatividade empresarial catarinense e que permanecem filiados à Fiesc por um longo período. Veja aqui a relação de todos os sindicatos.
A solenidade desta sexta marcou o encerramento da 6ª edição da Jornada Inovação e Competitividade da Indústria Catarinense, promovida pela Fiesc. Durante o encontro, que começou na quarta-feira, foram debatidos temas ligados ao ambiente institucional, educação, saúde e segurança e inovação e tecnologia.
Perfil dos homenageados, divulgado pela Fiesc
Ordem do Mérito Industrial de Santa Catarina
Ademar Sapelli: nascido em Brusque e formado em matemática, Ademar fundou a empresa Sancris, em 1987, nos fundos de sua própria casa, na sua cidade natal. A empresa, inicialmente uma distribuidora de aviamentos, cresceu e hoje trabalha na produção e comercialização de linhas, fios e zíperes. A companhia tem uma carteira de aproximadamente 4,5 mil clientes, emprega mil trabalhadores em suas três unidades fabris e atende o mercado nacional e internacional. Sapelli também tem forte om atuação no associativismo, integra a Associação Comercial de Brusque há 30 anos, é membro do Conselho do Hospital de Azambuja e atua em outras entidades filantrópicas.
Álvaro Weiss: natural de São Bento do Sul, aos 15 anos foi trabalhar na fábrica de chocolate Buschle, onde exerceu as funções de serviços gerais e auxiliar de escritório. Em 1957 foi convidado para trabalhar na Artefama. Iniciou na contabilidade, passou pelas áreas administrativa e de vendas, chegou à presidência e hoje está à frente do conselho de administração. Participou de um dos momentos mais importantes da companhia, que foi o início das exportações de artefatos de madeira, em 1967, para os EUA. Na década de 1980 aumentou o volume exportado para o mercado norte-americano e no final de década de 1990 o Brasil entrou com mais força no mercado moveleiro mundial. Também se destacou no associativismo, com a fundação da Associação da Indústria Moveleira e o Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de São Bento do Sul.
Carlos Rodolfo Schneider: bacharel e mestre em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em São Paulo, Carlos Rodolfo dirige o Grupo H. Carlos Schneider, de Joinville, que tem entre suas empresas a Ciser, companhia fundada em 1959 e atualmente líder na América Latina na produção de fixadores. A empresa tem capacidade produtiva de 6 mil toneladas por mês e 27 mil produtos agrupados em 436 linhas para atender 20 mil clientes em mais de 20 países. Presidiu a Associação Empresarial de Joinville (Acij) e a Celesc. Atualmente, é coordenador nacional do Movimento Brasil Eficiente, que busca melhorar a eficiência da gestão pública, é membro do Conselho Superior de Economia da Fiesp, do Conselho Político e Social da Associação Comercial de São Paulo e do Conselho Empresarial da América Latina (Ceal).
João Raimundo Colombo: o governador de Santa Catarina é natural de Lages e iniciou a vida pública aos 26 anos. Em sua carreira política, acumula experiências como secretário de Estado, presidente da Celesc e da Casan, deputado estadual, federal e senador, além de três mandatos como prefeito de Lages. Quando senador, recebeu o prêmio Mérito Legislador 2008, do Instituto de Estudos Legislativos Brasileiro (Idelb). Raimundo Colombo foi eleito governador do Estado em 2010 e reeleito em 2014. Como governador, cumpriu o compromisso firmado nas campanhas de 2010 e 2014 de não aumentar a carga tributária em Santa Catarina. A crise financeira e fiscal que afeta praticamente todos os Estados brasileiros levou grande parte dos governos estaduais a aumentar impostos. Colombo manteve-se fiel à convicção de que elevar carga tributária atrasaria a retomada da economia e focou os esforços do governo no corte das despesas.
José Samuel Thiesen: natural de Rio Pardo (RS), mudou-se para Saudades aos quatro anos de idade, em 1948, e no final da década de 1960 foi morar na Suíça, onde viveu por quatro anos. De volta ao Brasil, em 1974 fundou junto com líderes cooperativistas a Ceraçá (Cooperativa de Eletrificação Rural Vale do Araçá), empreendimento que nasceu com a missão de levar energia elétrica para as propriedades rurais de Saudades e região. Ao longo dos anos, a organização foi crescendo e diversificando os negócios e hoje emprega cerca de mil trabalhadores. Atua nas áreas de distribuição de energia, elaboração de projetos de energia para indústria, construção civil e agricultura, execução de obras de construção civil residenciais, comerciais e industriais, além de possuir uma rede regional de lojas que comercializa materiais de construção, elétricos e eletrodomésticos. Ele também fundou as empresas Finestra, que fabrica móveis de madeira maciça, e a Mauê, que é composta por Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH’s). No total, José tem 11 empresas em diversos segmentos.
Ordem do Mérito Industrial da CNI
Ingo Fischer: a modesta oficina de conserto de bicicletas aberta por Ingo Fischer, aos 17 anos, em 1961, se transformou em um conglomerado industrial de 150 mil metros quadrados, que gera 800 empregos. Com faturamento anual bruto superior a R$ 575 milhões, a empresa, localizada na cidade de Brusque, é líder nacional no mercado de fornos elétricos domésticos. Com espírito empreendedor, Ingo e seus irmãos Nivert, Norival, Egon e Edemar, desde cedo perceberam e aproveitaram as oportunidades que surgiram. Eles diversificaram os trabalhos na pequena oficina, até começar a produzir equipamentos para a indústria de alimentos e, mais tarde, linhas em série, levando a Irmãos Fischer ao atual portfólio de mais de 200 produtos, em linhas de eletrodomésticos, equipamentos para construção civil, bicicletas e até casas modulares de metal. Além de liderar o surgimento e o desenvolvimento da indústria, Ingo Fischer se destaca pela liderança empresarial e pelas ações sociais e comunitárias.
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