Colombo e governadores membros do Codesul pedem agilidade na regulamentação do novo indexador das dívidas dos estados
O governador Raimundo Colombo participou nesta quarta-feira, 15, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, da reunião do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul). Além de Colombo, estiveram presentes os governadores dos outros três estados-membros do Conselho: Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Paraná. Entre os assuntos debatidos esteve em discussão a regulamentação do novo indexador das dívidas dos estados.
Foto: James Tavares / Secom
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A proposta prevê a mudança do indexador atual de cobrança das dívidas, que é o Índice Geral de Preços (IGP-DI) mais juros de 6% até 7,5%, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais 4% ou a taxa Selic, prevalecendo o que for menor.
Os governadores encaminharão ao presidente do Senado o pedido de urgência nesta troca, antes de 2016. Já para a não-oneração das finanças estaduais, a proposta é um encaminhamento de uma emenda constitucional para o Congresso Nacional, que não permita a edição de leis que criem despesas ou retirem receitas dos estados, ou seja, que não onerem as finanças estaduais sem que haja a criação correspondente de novas fontes de receita.
“Foi uma reunião positiva. Não tenho dúvida que vamos avançar. A capacidade de investimento dos estados está cada vez menor. Temos que fazer o dever de casa, reduzir custos, mas também impedir que decisões jurídicas e legislativas aumentem ainda mais os encargos. E também que essas pendências com o Governo Federal como a renegociação da dívida e Lei Kandir sejam liberadas urgentemente, para que sejamos um ativo importante no desenvolvimento do país e no enfrentamento da crise”, disse o governador Raimundo Colombo.
Ainda durante o encontro, o presidente do conselho, o governador do MS, Reinaldo Azambuja, transmitiu o cargo ao governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori.
Ao transmitir o cargo, o governador do MS destacou a importância da integração entre os quatros estados na busca de soluções para problemas comuns. Ao assumir, José Ivo Sartori salientou que é preciso cada vez mais a união para o desenvolvimento e para avançar nas alianças com o Governo Federal. “O Brasil é a soma das suas regiões, se os estados vão bem, o país decola. O que for bom para os municípios será bom para a nação. A qualidade de vida não pode escolher posição geográfica”.
Lei Kandir
Também foi discutida a Lei Kandir, que prevê que o governo federal repasse aos estados compensações pelas perdas decorrentes da isenção de ICMS sobre as exportações de produtos primários e semielaborados ou serviços e o Auxílio Financeiro para o Fomento das Exportações (Fex).
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Em Santa Catarina, os recursos atrasados do Fex somam R$ 55 milhões. Os governadores solicitam a regulamentação do ressarcimento da União aos estados pela desoneração das exportações no ICMS. Ainda a liberação dos recursos do FEX do ano de 2014, preferencialmente até maio deste ano. Os recursos não foram liberados até o momento, descumprindo o estabelecido no orçamento da União em 2014, sendo eles um relevante apoio aos governadores no cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal.
BRDE
Ainda durante a reunião, o diretor-presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Neuto de Conto, apresentou um balanço das atividades de 2014, confirmando R$ 2,77 bilhões em 6.825 operações de crédito contratadas no ano. A taxa de inadimplência do Banco ficou em 2,5%. Os projetos financiados viabilizaram R$ 3.471,7 milhões em investimentos na Região Sul, gerando uma arrecadação anual adicional de R$ 159,6 milhões em ICMS para os estados de SC, PR e RS, criando e/ou mantendo 49 mil postos de trabalho, dos quais 9,9 mil são empregos diretos.
Em Santa Catarina, foram R$ 1.040,3 milhões contratados em 1.888 operações de financiamento. O BRDE encerrou o ano de 2014 com 33.342 clientes ativos, cujos empreendimentos financiados estão localizados em 1.059 municípios, abrangendo 88,9% dos municípios do Sul.
O Codesul
O conselho foi criado em 1961, por um convênio entre os estados de SC, RS e PR. Em 1992, o MS passou a integrar o Codesul. O objetivo é encontrar alternativas aos desequilíbrios regionais, com concentração do crescimento no Centro do país. A estrutura administrativa é composta por um secretário executivo, nomeado pelo governador-presidente, e por quatro secretários assistentes, além de corpo técnico e administrativo.
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Elisabety Borghelotti
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