Cigarrinha-do-milho: monitoramento aponta baixa infecção bacteriana

Apesar do aumento populacional, poucos insetos analisados apresentaram a presença das bactérias do fitoplasma do enfezamento-vermelho e do espiroplasma do enfezamento-pálido
A população de cigarrinhas-do-milho permanece alta em Santa Catarina. Segundo o Programa Monitora Milho SC, foi registrada uma média de 98,1 insetos por armadilha. As maiores incidências foram observadas nas cidades de Guatambu, Caxambu do Sul, Planalto Alegre, Xanxerê, Braço do Norte e Canoinhas.
Apesar do aumento populacional, poucos insetos analisados apresentaram a presença das bactérias do fitoplasma do enfezamento-vermelho e do espiroplasma do enfezamento-pálido. A coordenadora do programa e pesquisadora da Epagri, Maria Cristina Canale, destaca que esta é uma excelente notícia, uma vez que as bactérias são mais agressivas e podem ocasionar danos severos ao plantio. Maria Cristina avalia que na fase atual da lavoura, a tendência é observar possíveis sintomas em plantas que possam ter sido inoculadas durante as semanas anteriores.
Além disso, a pesquisadora reforça que o produtor deve ficar atento ao manejo da lavoura no final da safrinha. “É muito importante que não existam plantas voluntárias de milho depois da colheita. O produtor precisa planejar a colheita e a regulagem das máquinas para evitar perdas de grãos e impedir que estes grãos gerem plantas que sirvam de ponte verde para a cigarrinha-do-milho entre uma safra e outra. Essa é a principal preocupação neste momento”.
Os agricultores devem monitorar a presença das cigarrinhas na lavoura e acompanhar os informes publicados semanalmente. O programa Monitora Milho SC coleta e divulga informações de todo o Estado, permitindo que o setor produtivo acompanhe a evolução da população de cigarrinhas e as infecções causadas por esses insetos. Na última semana foi detectada a presença dos vírus do rayado-fino, do mosaico estriado e da bactéria do fitoplasma do enfezamento-vermelho. Os casos positivos foram registrados em insetos coletados nas cidades de Canoinhas, Major Vieira, Guatambu, Irati e Braço do Norte.
O programa Monitora Milho SC coleta e divulga semanalmente informações de todo o Estado, permitindo que o setor produtivo acompanhe a evolução da população de cigarrinhas e as infecções causadas por esses insetos. A média estadual de cigarrinhas encontradas por armadilha é de 105,6. Na última semana não foi detectada a presença do espiroplasma de enfezamento-pálido nem o vírus do mosaico estriado.
O ataque de cigarrinhas infectadas com os patógenos dos enfezamentos pode comprometer substancialmente a produção de lavouras de milho. Para acompanhar a situação, foi criado no começo de 2021 o programa Monitora Milho SC, uma iniciativa do Comitê de Ação contra Cigarrinha-do-milho e Patógenos Associados, composto pela Epagri, Udesc, Cidasc, Ocesc, Fetaesc, Faesc, CropLife Brasil e Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária.