Cidasc faz campanha sobre biosseguridade nas atividades pecuárias
Foto: Divulgação / Cidasc
Para estar entre os líderes em produção e exportação de proteína animal, Santa Catarina consolidou um status sanitário diferenciado, erradicando ou mantendo sob controle doenças dos animais de produção. Porém, a manutenção deste resultado depende também do engajamento de toda a cadeia produtiva, respeitando medidas de biosseguridade.
A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) está promovendo uma campanha nas redes sociais para reforçar que tais medidas são essenciais para prevenir a introdução de doenças nos rebanhos. Precisa ser uma prática constante, inclusive nos momentos em que não há alertas sanitários ou as doenças parecem estar distantes.
Seguindo esta lógica, a Cidasc intensificou as ações de educação sanitária junto aos criadores de aves desde 2022, quando surgiram as primeiras informações sobre casos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) no continente americano. Em palestras e em visitas a propriedades, foram reforçadas diversas orientações de biosseguridade.
Uma delas é telar os aviários, para que as aves de produção não tenham contato com aves de vida livre, pois o vírus da IAAP pode estar circulando entre os animais silvestres. Outro exemplo de medida de biosseguridade, válida também para a criação de outros animais, é a higienização dos veículos que ingressam na propriedade rural.
A presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, salienta que as questões sanitárias têm repercussões econômicas e diferenciam a pecuária catarinense. “Há poucos dias, celebramos o aumento das exportações de frango de Santa Catarina, em volume e em receita. É muito importante lembrarmos que é a saúde do rebanho, de todas as espécies, que nos permite ter sempre compradores e obter melhores preços”, explica a presidente.
A campanha de conscientização nas redes sociais foi ilustrada com personagens inspirados em desenhos animados do estúdio PIXAR e propõe que o produtor seja também um herói para o agro catarinense, colocando em prática a biosseguridade. O tema também está sendo apresentado em rádio e TV, com apoio da Secretaria da Comunicação do Governo do Estado.
Além de apresentar o que é biosseguridade, a campanha destaca quatro recomendações:
Atenção aos calçados de trabalho
Alguns agentes que provocam doenças, como vírus, fungos e bactérias, podem se dispersar por meio de calçados e outros objetos. Por isso, é recomendado que o produtor tenha calçados/botas de uso exclusivo para uso na área onde são criados os animais.
Este cuidado ajuda a evitar a introdução de doenças nas granjas. A higienização dos veículos que entram na propriedade e dos que são utilizados no transporte dos animais também é uma medida importante de biossegurança.
Alimente bem os suínos
É proibido alimentar suínos com lixo ou restos de alimentos (das refeições da família, de restaurantes, refeitórios, hospitais, rodoviárias, aeroportos e portos). Esta determinação não é fruto do acaso, ela é fundamentada em critérios técnicos, para preservar a saúde dos animais.
Os resíduos que contenham material de origem animal podem transmitir doenças como a peste suína clássica e a peste suína africana. São doenças das quais Santa Catarina é livre, mas registradas há pouco tempo em outras regiões ou países.
Dispense as visitas
A casa pode estar de portas abertas, mas a área de produção não! Restrinja a circulação de pessoas no local onde está a sua criação permitindo acesso apenas a quem vai tratar dos animais. Este cuidado é uma forma de zelar pela sua produção, seja de suínos, seja de aves.
Os agentes que provocam diversas doenças podem ser carregados através das roupas, calçados e ferramentas. Restringir a entrada de pessoas na área de produção e evitar o compartilhamento de instrumentos de trabalho com as propriedades vizinhas são boas medidas de biosseguridade.
É recomendado também higienizar os instrumentos, os calçados de trabalho e os veículos usados para o transporte de animais.
Coloque telas e cerque o seu aviário
Algumas doenças que atingem aves silvestres podem ser transmitidas às aves de produção. Este risco pode ser reduzido isolando as aves que você cria das aves de vida livre.
A principal forma de conseguir isto é manter as aves de produção (como galinhas, codornas, perus, patos e marrecos) em aviários telados. Utilize tela de tamanho adequado para que os pássaros não consigam entrar.
A cerca ao redor do local de permanência das aves impede que elas tenham contato com outros animais terrestres, incluindo pessoas. Além disso, em casos de doenças, o controle do foco pela Cidasc fica mais fácil.
Utilize também água tratada para os animais de produção. Todos os cuidados que citamos aqui ajudam a prevenir várias doenças, entre elas a influenza aviária (IAAP).
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