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Chuva intensa volta a castigar Santa Catarina provocando mortes e estragos, equipes estão mobilizadas no auxílio à população atingida

A chuva voltou a castigar Santa Catarina. Desde o último domingo, grandes acumulados já provocaram mortes e estragos, especialmente na região da Grande Florianópolis. O governador Carlos Moisés lamentou a morte de duas adolescentes, em Camboriú, e reforçou o pedido para que a população se mantenha abrigada em segurança. 

Nesta terça-feira, 20, o chefe do Executivo estadual cancelou a agenda de viagem prevista para o período da tarde e determinou a mobilização das equipes do Estado no auxílio aos atingidos.

“Com muita tristeza recebi a notícia da morte de duas jovens e desejo forças aos familiares. Novamente a chuva castiga o estado e todos os nossos esforços estão concentrados no trabalho de proteção da vida e de pronta resposta aos atingidos. Neste momento, é fundamental todo o cuidado por parte da população, manter-se abrigado em local seguro, evitar deslocamentos sem necessidade e, em qualquer situação de risco, comunicar os órgãos oficiais de emergência como a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros. Juntos vamos superar mais este momento difícil”, ressalta Moisés.

Situação no estado

Conforme relatório divulgado pela Defesa Civil no final da manhã desta terça-feira, 20, já foram registrados dois óbitos em decorrência das chuvas em Santa Catarina. No total, há 47 desabrigados.

As mortes ocorreram na rua Monte Caraíba, bairro Jardim Aliança, em Camboriú. Duas primas, de 15 e 17 anos, estavam dormindo no momento do deslizamento de terra. Equipes do SAMU e Corpo de Bombeiros foram acionadas, mas elas não foram resgatadas com vida.

De acordo com o relatório, três municípios reportaram ocorrências até o momento (Jaraguá do Sul, Ilhota e Itapema), mas, segundo os técnicos, o número é bem maior porque em virtude das chuvas intensas, diversas localidades ainda não conseguiram registrar suas ocorrências. Foram contabilizados 47 desabrigados nos municípios de Camboriú e Itapema. 

O diretor de Gestão de Desastres da Defesa Civil, César Nunes, destaca que os decretos de emergência emitidos no início do mês em decorrência das fortes chuvas são válidos para o evento desta semana.

“As chuvas devem permanecer por mais 24 horas e trazer muitos transtornos a todo o litoral”, disse. “Aqueles municípios que têm uma conexão com as chuvas das últimas semanas eles estarão cobertos pelos decretos emitidos no início do mês. Em princípio não haverá necessidade de novos decretos”.

A Defesa Civil alerta para a ocorrência de chuva volumosa e persistente no Estado até a próxima quarta-feira.

Rodovias estaduais

Grande Florianópolis

Foto PMRv
  • SC-401, Florianópolis – Km 4 – Vargem Pequena. Alagamento – Tráfego em meia pista 
  • SC-405, Florianópolis – Km 2,6 – Próximo ao elevado do Rio Tavares. Água na pista, tráfego bloqueado 
  • SC-281, São Pedro de Alcântara/Angelina – Km 24,75 Água na pista. Tráfego bloqueado 
  • SC-435, São Bonifácio – Queda de barreira, alguns pontos da via em meia pista

* Atualizado às 12h12 do dia 20 de dezembro – Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade

Corpo de Bombeiros

Foto CMBSC

Na manhã desta terça-feira, 20, o Corpo de Bombeiros foi chamado para atuar em um incêndio na cidade de Penha, envolvendo produtos perigosos. De acordo com especialistas que estiveram no local, havia cerca de uma tonelada de Hipoclorito de Cálcio, usado para tratamento de água em piscinas.

O produto químico não é o causador do incêndio e não há relação com as chuvas. O produto em si não causa toxicidade, porém a fumaça é tóxica por conta da quantidade de material combustível próximo, como plástico polietileno e matérias-primas para produção industrial. A fumaça provocou a interdição parcial da BR-101. Não há vítimas até o momento.

A partir de agora o incêndio é considerado normal, sem ação de produtos perigosos, mas de grande proporção e a missão da corporação é proteger uma edificação próxima, bem como manter os bombeiros em segurança, uma vez que há muito calor e material queimando no local. Serão necessários milhares de litros de água para o combate.

As equipes estão atuando com cinco caminhões do CBMSC para combater o incêndio, utilizando água, bem como um caminhão pipa particular que está em apoio. Além disso, está sendo monitorado o vento, que no momento está soprando em direção ao outro lado, levando o calor e a fumaça, sem trazer risco para esta edificação. 

Casan

Foto Casan

Equipes da Casan monitoram o abastecimento e mantém suas equipes de prontidão, monitorando as cidades do Litoral Norte, região que exige maior atenção em função das chuvas. Porém não há ocorrências de desabastecimento, com exceção de Balneário Piçarras. Nesse município a captação e a estação de tratamento de água estão alagadas, com redução do fornecimento de água especialmente para os bairros Morretes e Nossa Senhora da Conceição. A Companhia orienta o uso econômico em todas as regiões da cidade, para que o abastecimento possa ser mantido com manobras operacionais até a regularização do sistema.

Na Grande Florianópolis, o município de Águas Mornas apresenta redução no abastecimento, sendo realizadas manobras operacionais para manutenção do fornecimento de água. Em Florianópolis a CASAN também monitora de forma constante o nível da Lagoa de Evapoinfiltração, que recebe o efluente tratado do Sistema de Esgotamento Sanitário da lagoa da Conceição e opera normalmente.

Condição climática

De acordo com a Epagri/Ciram, o acumulado de chuva em 48 horas atingiu volumes de 200/300 milímetros em localidades entre a Grande Florianópolis e Luiz Alves. A chuva tem sido persistente no Litoral de Santa Catarina e Vale do Itajaí.

Conforme a Epagri/Ciram, a chuva desses dias esteve associada à circulação marítima (lestada), com a presença de uma baixa pressão no mar, na altura do litoral Sudeste do Brasil. A condição  favorece o transporte de elevados índices de umidade para o leste catarinense, ocasionando uma chuva persistente e em longo período.  Os valores de precipitação também foram intensificados pela presença de um cavado de onda curta (baixa pressão) em médios e altos níveis da atmosfera. Essa mesma condição de tempo, comum na primavera e verão de anos de La Niña, provocou as fortes chuvas ocorridas no leste de SC no final de novembro deste ano.

A previsão do órgão é de melhora do tempo no estado, a partir de quarta-feira, 21, quando é esperada a diminuição nos volumes de chuva.

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