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Chuva esperada no Oeste e sinal de alerta no Alto Vale na distribuição de água

Dependendo da região do estado ou se a captação é em barragem ou rio, a chuva pode ser uma bênção ou um castigo: a variação está relacionada ao sistema de captação de água. Dessa forma, com ações como instalação de novas Estações de Tratamento de Água (ETA), reservatórios e melhorias das estruturas já existentes,  a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) quer estar preparada para eventos adversos que possam comprometer o abastecimento.

Estiagem

No Oeste catarinense, a chuva é sempre uma dádiva. A estiagem prolongada no município de Concórdia, por exemplo, castigou a população. A Casan teve de retomar a captação de água no Rio Uruguai, com cargas de cinco caminhões por dia. Foi uma medida excepcional, pois a captação neste manancial ocorre em situações extremas.

Para essa região que historicamente sofre com a seca, a companhia destinou mais de R$39 milhões de investimento. Mais de 50 novos reservatórios aumentarão de forma importante a reserva de água em 29 municípios, além de perfuração de novos poços e adutoras de água bruta. 

Somente em Chapecó são 12 unidades que estão sendo erguidas nos bairros Efapi, Paraíso, Colina Verde, Industrial, Esplanada, Jardim Paraíso, Marechal Bormann e Loteamento Scopel. O conjunto dessas estruturas representará mais de 8,6 milhões de litros de reserva de água para reforçar o abastecimento da cidade.

Em Piratuba, três novos reservatórios estão sendo instalados no Centro e no bairro Balneário, com uma capacidade total de 850 mil litros de armazenamento. Já para Xanxerê estão previstas duas novas unidades, cada uma com 300 mil litros. Outro que terá reforço na reservação é o município de Descanso, com quatro novos tanques com capacidade total de 450 mil litros e que serão instalados nos bairros São Valentim e Itajubá.

Chuvas em excesso

Apesar de serem essenciais para o ciclo hidrológico e o funcionamento do planeta, quando em excesso, as chuvas podem ser prejudiciais para o abastecimento de água para a população. Isso ocorre porque pelo acúmulo de partículas sólidas nos mananciais e alta da turbidez da água que seria transportada para as ETAs. Além disso, a força da água pode até deslocar adutoras de água tratada, como já ocorreu no ano passado no rio Imaruí, entre São José e Palhoça. 

Por isso, quando as chuvas são intensas, acima do esperado, é possível que falte água em algumas localidades. É o que costuma acontecer em Rio do Sul, no Alto Vale, onde é comum que a qualidade da água seja prejudicada. Lá, as chuvas carregam sujeira e dejetos para os rios, alterando a cor e aumentando a turbidez da água. 

Em janeiro, o abastecimento em Rio do Sul ficou prejudicado. Com um nível de turbidez que chegou a 12.000 NTU presentes na água bruta captada no Rio Itajaí do Sul, a vazão da Estação de Tratamento ficou reduzida para 50% de sua capacidade normal. Com a diminuição no tratamento, a distribuição de água chegou a ser prejudicada principalmente em áreas altas de Rio do Sul e municípios de Laurentino, Lontras, Agronômica, Aurora e na Serra São Miguel, em Ibirama.

Para aumentar a segurança hídrica no Alto Vale, a Casan vai instalar no segundo semestre um filtro na atual ETA para aumentar a capacidade de tratamento de água.

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