Certificação que garante isenção de impostos para o Bolshoi de Joinville é tema de audiência no Ministério da Educação em Brasília
O último compromisso do governador Raimundo Colombo nesta terça-feira, 10, em Brasília, foi uma audiência com o ministro da Educação, Renato Janine, em apoio ao pedido da direção da Escola do Teatro Bolshoi de Joinville para a obtenção do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (Cebas), que isentaria a instituição do pagamento de uma série de impostos. Colombo saiu otimista da reunião, que apontou para o empenho das autoridades em definir a melhor alternativa para dar agilidade ao processo.
Foto: Julio Cavalheiro/Secom
“O Bolshoi é uma referência para Santa Catarina, não só pela qualidade que apresenta, mas por dar tantas oportunidades, especialmente, aos jovens que sonham em se destacar por meio da arte. A entidade tem dificuldades financeiras e é muito gratificante oferecer essa ajuda a todos aqueles que fazem parte desse trabalho”, afirma o governador.
Entenda o processo
O pedido para a obtenção do certificado foi protocolado pela direção da escola em 2011. A Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior é a responsável pela emissão do Cebas. Na audiência desta terça-feira, a secretária Marta Wendel Abramo explicou que o motivo da demora se dá por conta de legislação, que prevê que a análise dos processos deva seguir uma ordem cronológica.
“Nosso corpo técnico é muito pequeno para atender toda a demanda e, embora seja um pleito importante, não temos como antecipar o pedido de Joinville. A lei determina que a gente siga a ordem de chegada das solicitações”, justifica.
Entretanto, autoridades que participaram da reunião, entre elas, o prefeito de Joinville, Udo Döhler, senadores de Santa Catarina e o presidente do Bolshoi no Brasil, Valdir Steglich, definiram que é possível criar facilitadores.
Para garantir a prioridade para o Bolshoi, a ideia é acrescentar à medida provisória que estabelece a análise em ordem cronológica, um artigo que contemple a situação da escola de Joinville, visto que o Bolshoi tem um diferencial raro que é o vínculo internacional com a Rússia. “Dificilmente haverá outro processo com essas características, o que praticamente anularia o tempo de espera na fila para a obtenção do Cebas”, explica Steglich.
Diante do consenso das autoridades, o governador Raimundo Colombo assumiu a responsabilidade de compor o texto do artigo que deverá ser acrescentado ao modelo atual que determina as regras de análise das solicitações do certificado junto ao Ministério da Educação.
“Saímos otimistas dessa reunião e esperançosos de que, a partir de agora, o processo vai ganhar agilidade”, avalia o presidente Valter Steglich. Ainda segundo ele, a certificação significará uma economia anual para a Escola de R$ 1 milhão.
O Bolshoi em Joinville
A Escola do Teatro Bolshoi de Joinville é a única fora da Rússia e já completou 15 anos em Santa Catarina. Atualmente, a escola atende 280 futuros bailarinos que dispõem, gratuitamente, de uma série de serviços, além das aulas de dança.
“Temos um padrão rigoroso a seguir e oferecemos a todos os alunos, entre outros benefícios, assistência odontológica e psicológica, refeições, aulas de música. Precisamos manter esse modelo que é avalizado criteriosamente pela sede, na Rússia”, diz o presidente do Bolshoi no Brasil, Valter Steglich.
O custo estimado para manter a Escola gira em torno dos R$ 7 milhões por ano. De acordo com a direção do Bolshoi no Brasil, os bailarinos de Joinville, quando concluem as atividades, têm sido aceitos nas melhores companhias de dança do mundo, o que confirma a importância e a excelência do trabalho realizado na unidade catarinense da instituição.
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