Centro de Pesquisa e Inovação dos bombeiros militares traz qualidade e segurança na área de Segurança Contra Incêndios
Com o avanço da tecnologia e equipamentos cada vez mais eficazes e precisos, o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) mantém profissionais capacitados e habilitados para a utilização de novas ferramentas, contribuindo para o avanço do trabalho. A prova disso foi a retomada do Centro de Pesquisa e Inovação, como uma importante ramificação da Diretoria de Segurança Contra Incêndio.
O projeto do laboratório foi iniciado em 2019 com a reforma do prédio em que está instalado, em Florianópolis, criando a compartimentação necessária: uma parte para a reação ao fogo, com análises de segurança contra incêndio e outra para o laboratório de reações químicas, em que são avaliados agentes acelerantes de incêndio. Foram mais de R$ 1,8 milhão em investimentos em equipamentos para início dos trabalhos, quando se iniciaram as produções de relatórios técnicos.
Inovação, tecnologia e ciência
De acordo com o capitão Wagner Alberto de Moraes, integrante da Divisão de Investigação de Incêndio e Explosão da Diretoria de Segurança Contra Incêndio (DSCI), “a inovação que trazemos é para permitir ao bombeiro da ponta que ele tenha assertividade na montagem do relatório de investigação de incêndio. Possibilitar ao bombeiro que faz a vistoria na edificação que o laudo de reação ao fogo daquele material que ele está observando de fato é seguro e é um material que ele pode acreditar como tal”, destaca. A prioridade do laboratório é o foco na prevenção, combate e investigação de incêndio, com ênfase na avaliação do comportamento de materiais de incêndio e a realização de exames laboratoriais para sustentar laudos periciais. “Além disso, estamos disponíveis para outros estudos. Com os mesmos equipamentos que temos, nós prestamos serviços internos, como por exemplo, houve um tempo que o Batalhão de Operações Aéreas trouxe um combustível para análise, nós conseguimos identificar a situação, resultando em mais segurança na operação deles. Também verificamos a qualidade de álcool em gel, utilizado para assepsia, ou seja, são vários trabalhos que podemos prestar para o CBMSC e outros órgãos do Governo que necessitarem, além da parte específica da segurança contra incêndio”, complementa.
A preocupação na gestão do laboratório é manter os equipamentos com a manutenção em dia, todos certificados e com as qualificações necessárias, além de proporcionar a formação técnica de profissionais, não apenas para que saibam manipular os equipamentos, mas principalmente para que entenda e aplique os processos que as normas exigem. Isso traz a contribuição para que o CBMSC possa auxiliar o setor industrial no desenvolvimento e aperfeiçoamento de produtos, bem como agregar significamente para a segurança da população e formação de bombeiros. “Tendo a mão de obra e os equipamentos necessários é preciso reforçar os processos, para que sejam escritos e bem definidos, que pertençam ao CBMSC e que seja fácil repassar para outras pessoas”, detalha o capitão.
Qualidade e padrões internacionais
Os equipamentos utilizados no laboratório seguem um padrão internacional de especificação, isso traz maior qualidade e respaldo para os procedimentos realizados. “Nós adquirimos equipamentos de fabricação nacional, mas que seguem normas e padrões internacionais, seguindo uma ISO, ou seja, se as nossas equipes seguirem todos os processos que a norma define para os ensaios, é possível repeti-los no laboratório, se for necessário ou em qualquer lugar do mundo que utilize as mesmas referências que nós estamos utilizando”, explica Wagner.
Olhando para o futuro, em padrões de excelência, o direcionamento agora é para tornar o laboratório creditado pelo Inmetro. “Essa etapa é importante para que todos os nossos resultados sejam válidos tanto em território nacional, quanto em países que tenham parceria com o Inmetro”, ressalta o capitão. Este projeto já está em andamento, porém existe uma sequência de obras e etapas para chegar a esta certificação.