Celesc implanta projeto piloto para regularizar uso compartilhado de infraestrutura
A Rua Josué di Bernardi, localizada na região central de Barreiros, em São José, foi eleita para receber o projeto piloto da iniciativa que busca reorganizar o uso compartilhado da infraestrutura da rede elétrica. A regularização, capitaneada pela Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), ocorre em parceria com as empresas de telefonia e de TV a cabo, que utilizam a rede da Celesc para apoio de seus cabos e equipamentos.
O processo busca eliminar ocupações irregulares, realocar cabos fora dos padrões técnicos, remover cabos desativados, melhorar o aspecto visual das redes e incrementar a segurança do sistema. A região selecionada possui aproximadamente 30 postes e cerca de1 km de extensão. O trecho foi escolhido por apresentar problemas característicos do uso inadequado, com excesso de ocupantes em toda a extensão da rua. Conforme levantamento realizado pela Celesc, no trecho em questão há doze empresas compartilhadoras, quando deveria ter, no máximo, cinco. Onze delas são empresas de telecomunicação; a última é uma operadora de TV a cabo. Desse total, duas foram classificadas como “não identificadas”. As outras, já identificadas na área do projeto, foram notificadas e devem elaborar um cronograma da adequação.
A Celesc possui 1,6 milhão de postes no Estado, sendo, pelo menos, um milhão compartilhados com as cem operadoras que possuem contrato de locação. O projeto piloto é o primeiro passo do desafio proposto pela estatal para reorganizar a ocupação da faixa de compartilhamento na rede de distribuição de energia elétrica. O tema ganhou relevância nos últimos meses e conquistou a adesão de diversas compartilhadoras interessadas em combater as irregularidades existentes, além de promover a segurança do sistema e do processo como um todo.
“O piloto servirá como aprendizado e referência para a regularização da rede compartilhada em todo o Estado. Ao promover a readequação na região selecionada, poderemos avaliar os impactos dessa ação, o que inclui, principalmente, custos e mão-de-obra, e então replicar o modelo para as outras regiões”, afirma o coordenador do projeto, engenheiro Sylvio Reibnitz, do Departamento de Telecomunicações e Automação da Celesc.
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Vânia Mattozo
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