Celesc Geração ampliará produção de energia elétrica na Usina Celso Ramos
A Celesc Geração comemora a autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para ampliar a Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Celso Ramos, no município de Faxinal dos Guedes, no Oeste do Estado. Com isso, a estatal assegurou a renovação da PCH por mais 20 anos, contados a partir de emissão da outorga pela Aneel, feita em março deste ano. A concessão atual venceria em 2021. Agora, a empresa explorará a usina até 2035.
Foto: Celesc/Divulgação
“Estamos visualizando novos horizontes para o setor de geração tanto no Estado de Santa Catarina quanto fora dele”, sinalizou o presidente da empresa, Cleverson Siewert. A Geração está modernizando o seu parque gerador para tornar eficiente a gestão e melhorar os resultados do negócio, acrescentou o executivo.
Estela Christina Müller, do Departamento de Engenharia e Projetos, informa que o próximo passo será o lançamento do edital para a obra. “A expectativa é que isso ocorra nos próximos 60 dias”, afirmou a engenheira. A previsão inicial é que a construção se inicie ainda em 2015 e esteja concluída até dezembro de 2016, quando deve iniciar a operação comercial das novas unidades geradoras.
Novo Circuito
A Usina Celso Ramos aumentará a potência em 7,2 megawatts (MW), o que abasteceria toda a demanda de energia de uma cidade do porte de São Miguel do Oeste – com 17.597 unidades consumidoras. A construção de um novo circuito de geração contará com uma nova tomada de água, com novo conduto escavado em rocha e com uma nova casa de força com duas turbinas geradoras de 3,6MW cada. A unidade exigirá um investimento estimado na ordem de R$ 45 milhões. A expectativa é de que as obras levem aproximadamente 18 meses para a conclusão. O impacto ambiental é muito baixo, já que não altera o nível dos reservatórios, e torna-se uma alternativa interessante para aumentar a geração de energia nas usinas próprias, observou o diretor de Geração, Transmissão e Novos Negócios, Enio Andrade Branco.
Outras ampliações já foram encaminhadas para a Aneel, totalizando cinco projetos de repotenciação: Salto, em Blumenau; Ivo Silveira, em Campos Novos; Caveiras, em Lages; Cedros, em Rio dos Cedros; e Rio do Peixe, em Videira.
Novos Horizontes
“O segmento de geração está se consolidando com investimentos próprios e também em parceria com sócios privados. A meta de chegar a uma capacidade instalada de um gigawatts (1GW) em 2030 – como previsto no Plano Diretor da Celesc – permanece desafiadora. Contudo, a ampliação de Celso Ramos sinaliza mais um passo importante nessa direção”, destacou Branco.
A capacidade de geração de energia elétrica está um pouco acima de 100MW – o que significa multiplicar por 10 o nível de produção do atual parque gerador para atingir a meta. O diretor explica que isso se dá em duas vias principais: com a ampliação da capacidade instalada nas usinas próprias; e com novos empreendimentos, nos quais a Celesc atua como acionista minoritário.
Em 2011, fruto da parceria da Celesc Geração com investidores privados por meio de Sociedades de Propósito Específico, entrou em operação a PCH Prata. Em 2012, foi a vez das PCHs Belmonte e Bandeirante. Juntas, as três somam 9,6MW. Em 2014, também foi energizada a PCH Rondinha de 9,6MW, e iniciadas as obras para a construção da PCH Xavantina, com potência de 6,07MW, que deve ser inaugurada ainda em 2015.
A PCH Pery foi a primeira a ser ampliada. Passou de 4,4MW para 30MW de potência em 2013. O empreendimento marcou a retomada dos investimentos em Geração por parte da Celesc. Essa estratégia será levada para outras unidades próprias da empresa em virtude do baixo impacto ambiental e da sensível elevação na capacidade de produção de energia elétrica.
Histórico
A usina Celso Ramos utiliza água do Rio Chapecozinho e opera desde 1963. Em 22 de novembro de 1971, a PCH foi outorgada à Celesc com 5,3MW de potência instalada. Em 21 de dezembro de 2005, a concessão foi prorrogada até o dia 22 de novembro de 2021. No momento, a usina tem uma potência de 5,6MW com duas turbinas geradoras e passará para 12,8MW com outras duas.
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Ricardo Hecker Luz
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