Em etapa final da licitação para implantar a Estação de Tratamento de Esgotos do Rio Tavares, a Casan reforça aos moradores do Sul da Ilha a orientação de que não façam a ligação das residências à rede coletora já implantada, mas que ainda não está em operação. 

O objetivo é alertar a comunidade neste período que antecede a temporada, buscando evitar problemas no ambiente e na balneabilidade da região. No Sul da Ilha, a Casan instalou 45 quilômetros de tubulações de coleta de esgoto na praia do Campeche, em um trecho do Ribeirão da Ilha e em outro da Tapera. Mas estas redes aguardam a construção da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) para que possam entrar em funcionamento. 

“Se o morador faz a conexão de sua residência nestas tubulações, o esgoto pode chegar à rede de drenagem e, consequentemente, comprometer a balneabilidade das praias, ou pode extravasar nas ruas, causando mau cheiro e prejudicar a qualidade de vida”, ressalta o engenheiro químico da Gerência de Meio Ambiente da Casan, Alexandre Trevisan. 

Para fortalecer o alerta aos moradores, a companhia está distribuindo folhetos educativos, via Correio, além de intensificar a divulgação em seus canais institucionais. O material relembra que a estação de tratamento não foi erguida em paralelo à colocação da rede de coleta por dificuldade de entendimento por parte da comunidade local e de ambientalistas sobre a importância e a segurança desta unidade. Hoje, a Casan tem licença ambiental prévia para construir a ETE.

ETE Rio Tavares

O processo licitatório já permitiu a seleção da empresa que vai implantar essa nova unidade de tratamento na Capital. A empresa vencedora é a Infracon, de Minas Gerais.

Os recursos para a ETE Rio Tavares são do Orçamento Geral da União (OGU) e da própria Casan. Atualmente, o resultado da licitação e o contrato para execução das obras estão em análise pela Caixa (órgão que administra o recurso Orçamento Geral da União) e depois vai para o Ministério das Cidades, que libera o recurso.

“Licitações são demoradas, mas estamos muito satisfeitos, pois estamos chegando ao final de projetos de grande importância pra Florianópolis, como este da construção da ETE do Rio Tavares e o de implantação do sistema de esgotamento sanitário de Ingleses e do Santinho”, destaca o gerente de construção da Casan, Fábio Krieger. 

A unidade que será construída em terreno da Casan no Rio Tavares receberá investimento de R$ 34,8 milhões, permitindo que entrem em operação, em sua primeira etapa, quase 45 quilômetros de redes já implantadas no Campeche. O tratamento será do tipo terciário, considerado o mais completo. O prazo de construção será de 24 meses e, somente depois, os moradores receberão orientação da Casan para fazer sua ligação à rede coletora.  

Orientações para o Sul da Ilha

– Em regiões que ainda não contam com rede pública de esgotos, mantenha seu tratamento individual de fossa e sumidouro

– Faça periodicamente a limpeza da fossa com auxílio de caminhão devidamente regularizado

– A caixa de gordura também deve ser limpa periodicamente

– No caso de serviço por caminhões limpa-fossa, o prestador pode limpar também a caixa de gordura

– No caso de limpeza manual, o material sólido retirado da caixa de gordura deve ser colocado em um saco de lixo e descartado junto aos demais resíduos coletados pela Comcap

– No caso de estabelecimentos como restaurantes, a frequência de limpeza deve ser bem maior, em alguns casos até toda semana

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