Casan monitora aves no canteiro de obras da nova ETE Potecas
Fotos: Empresa Terra Ambiental
Monitoramento realizado pela Casan na nova Estação de Tratamento de Esgoto de Potecas já registrou mais de 164 espécies de aves, o que corresponde a aproximadamente 20% das aves de Santa Catarina. O levantamento faz parte do estudo da fauna e flora no canteiro de obras.
O objetivo dos registros de especialistas da empresa Terra Ambiental, responsável pelo estudo é identificar alternativas para recuperação da área do entorno do terreno que não será ocupada pela ETE, além de alternativas de uso futuro para a área das lagoas de estabilização e recuperação do Córrego Potecas.
Entre as espécies encontradas, algumas são ameaçadas de extinção, outras quase se encontram nesse estágio. Há também aves endêmicas da Mata Atlântica, o que significa que só se desenvolve nesse ambiente.
“Uma das espécies ameaças que foi encontrado aqui é o Sabiá-cica Triclaria malachitacea, que é florestal, se alimenta de frutos, e em um floresta muito jovem dificilmente essa espécie consegue se reproduzir. Ela é vulnerável na lista do estado de Santa Catarina e quase ameaçada na lista internacional”, explica o biólogo especialista em aves e fauna, Douglas Meyer.
O monitoramento é feito por busca ativa, principalmente pela audição: com escuta das aves a equipe de especialistas identifica que espécies aparecem na região. O trabalho inclui também registro fotográfico, a partir da técnica de playback, que consiste em reproduzir o canto da espécie para que ela se aproxime.
Além disso, nas áreas de interferência direta da ETE Potecas são definidos locais em que os estudiosos se colocam para contabilizar o número de indivíduos e as espécies. Com essas informações são realizados cálculos de diversidade.
O estudo também permite identificar e valorizar corredores ecológicos em torno da obra da nova Estação de Tratamento de Esgoto de Potecas. “Algumas espécies são características da parte interna de floresta, por esse motivo são um indicativo de qualidade ambiental, de que os corredores florestais ao longo dos rios aqui da região são importantes para ligar os fragmentos florestais do entorno”, explica Douglas.