Casan intensifica combate a ligações clandestinas para reduzir perdas de água em Criciúma
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Depois de uma primeira ação para conter ligações clandestinas no mês de dezembro do ano passado, equipes da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) de Criciúma, Celesc e Polícia Militar uniram forças segunda-feira, 22, em nova blitz para combater os desvios de água, mais conhecidos como gatos. Mais de 100 ligações clandestinas, entre água e energia, foram identificadas e contidas no Bairro Renascer. A equipe da Casan cortou uma ligação ilegal que servia uma rede com mais de 80 unidades consumidoras. A Celesc cortou mais de 30 ligações ilegais.
Com um índice geral médio de 30% de perdas na maior cidade do Sul do estado, a Casan de Criciúma avalia que metade seja relacionada ao consumo sem o devido pagamento pela água. Dessa metade, 5% referem-se a furtos de água, mais conhecidos como gatos, que correspondem a 3 mil ligações. Os outros 15% são relacionados às perdas físicas como com rupturas de redes.
Com a colaboração de moradores com instalação de água regularizada, a Casan já tinha conhecimento da ligação clandestina, porém foi necessário o trabalho de geofonadores com equipamentos de detecção eletrônica para encontrar o local do desvio. Os responsáveis pelos “gatos” foram identificados e vão responder na Justiça por furto qualificado.
“São ações que trazem melhorias operacionais e comerciais para a Companhia. Mas não é só isso. As comunidades mais vulneráveis também são beneficiadas, pois traz mais condições de mantermos a pressão da água nas redes e de garantirmos o abastecimento da população”, explica o superintendente da Casan na região Sul, Fernando Porporatti.
A meta é executar ações periódicas e mensais, em parceria com Celesc e Polícia Militar, fundamental para a entrada em áreas consideradas de risco para as equipes operacionais.
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Rede clandestina
Os gatos ocorrem quando a água é consumida sem controle da Companhia, pois não é registrada em um hidrômetro. O objetivo da Casan com a blitz é conter o consumo que não resulta em retorno financeiro para as empresas que prestam os serviços públicos de abastecimento de água e fornecimento de energia elétrica.
Como em grande parte essas ligações indevidas vêm sendo identificadas em áreas de vulnerabilidade social, onde os moradores têm direito ao benefício de tarifa reduzida, o objetivo é também buscar a regularização e reduzir o alto consumo sem retorno financeiro.
“As ligações irregularidades levam a um consumo sem responsabilidade com a água, o que prejudica a distribuição na região. Por esse motivo, ao combater os gatos buscamos também garantir o abastecimento adequado a essas comunidades mais vulneráveis e localizadas em locais altos ou pontas de rede, que muitas vezes sofrem com a falta de água”, explica Porporatti.