Casan e Caixa negociam linha de crédito para o Se Liga na Rede

A Casan e a direção da Caixa Federal estão negociando uma linha de financiamento por meio de um cartão de crédito a proprietários que pretendam fazer a ligação correta do imóvel à rede pública de esgoto. A primeira reunião entre as duas instituições ocorreu no dia 24, quando foram alinhados os conceitos que vão guiar a nova prestação de serviço.

A linha de crédito deverá ser destinada a consumidores residenciais num limite máximo de R$ 5 mil, que poderá ser pago em até 36 vezes. O débito será feito na fatura de água e esgoto, cabendo à Caixa a avaliação cadastral do interessado.

O usuário receberá um Cartão de Crédito com o logotipo Casan, que poderá ser utilizado exclusivamente na compra de material de construção e no pagamento de profissionais da área, como pedreiros e instaladores hidráulicos. A solicitação do crédito especial poderá ser feita nas agências da Casan ou da Caixa espalhadas pelo Estado.

A estimativa é de emitir até 20 mil cartões de crédito nos seis primeiros meses apenas para os proprietários cujo imóvel ainda não está conectado à rede de esgoto. O produto também será oferecido para todos os consumidores vinculados às obras de Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) que estão em implantação no Estado.

O Plano de Investimento da Casan contempla 40 obras em 31 municípios, das quais 23 já estão em andamento. Outras 15 serão iniciadas ainda em 2016 (sendo cinco em Florianópolis), elevando de 19% para 49% a cobertura de esgoto em SC nos próximos três anos. Quando concluídas, estas obras devem gerar cerca de 70 mil novas ligações domiciliares à rede.

Nos próximos dias ocorrerá uma segunda reunião entre Casan e técnicos da Caixa, quando serão validadas as características operacionais do cartão, definido o plano de comercialização e a data de lançamento do produto. “O Cartão Se Liga na Rede faz parte das ações de conscientização sobre a necessidade de se conectar corretamente à rede de esgoto e mostra a preocupação da Empresa com as dificuldades de quem pretende se adequar à lei, mas tem dificuldades financeiras”, diz o presidente da Casan, Valter Gallina.