Campanha contra a poliomielite é estendida até sexta-feira, 28
A Campanha de vacinação contra a poliomielite foi prorrogada em todo território catarinense até a próxima sexta-feira, 28. Até a manhã desta segunda-feira, 24, a cobertura vacinal no Estado chegou a 90%, ou seja, 341 mil crianças com idade entre seis meses e cinco anos incompletos foram imunizadas contra a paralisia infantil. Dos 295 municípios, metade alcançou a cobertura mínima de 95%.
De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) da Secretaria de Estado da Saúde (SES), as secretarias municipais de saúde devem seguir algumas estratégias para a busca de crianças não vacinadas nos municípios. Entre elas, está a busca ativa dos faltosos pelas equipes de Estratégia de Saúde da Família, a divulgação da campanha com carro de som e a organização de um dia desta semana para as mobilizações municipais das cidades que precisam alcançar a meta mínima de vacinação.
No Estado, 382 mil crianças pertencem ao grupo a ser vacinado. Desse total, falta imunizar 41 mil. Eduardo Macário, gerente de Imunização da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), orienta que os pais levem seus filhos aos postos de saúde para tomarem as gotinhas até o final desta semana.
A vacina está disponível nos postos de saúde dos 295 municípios catarinenses. Eles estão funcionando das 8h às 17h. Macário fala da importância de os pais levarem a caderneta de vacinação da criança. “Só poderão receber as gotinhas da vacina oral (VOP) as crianças que já tiveram registro das duas doses da vacina injetável contra a pólio (VIP)”, lembra Macário.
A VOP protege contra os três sorotipos da poliomielite – I, II e III. “Ela tem eficácia de até 95% em crianças que já tomaram as duas primeiras doses da vacina injetável contra a pólio”, diz o gerente de Imunização, lembrando que a primeira dose da VIP é dada aos dois meses e, a segunda, aos quatro meses de idade.
Há mais de 20 anos não existem registros casos de poliomielite no Brasil. Ainda assim, o vírus da pólio continua circulando em alguns países da Ásia e África. Este ano, foram notificados 33 casos de crianças com poliomielite em países endêmicos. “Para garantir que a doença não seja reintroduzida no Brasil, é importante manter altas e homogêneas taxas de cobertura da vacina contra a poliomielite nesta população”, explica o diretor da DIVE, Fábio Gaudenzi. Isso significa que é muito importante que todas as crianças com idade entre seis meses a de cinco anos incompletos, de todos os municípios de Santa Catarina, estejam vacinadas.
Vacina contra a gripe
Macário destaca que os postos de saúde de todo o Estado ainda estão vacinando contra a gripe as crianças que ainda não receberam a segunda dose da influenza, além das gestantes, grupos prioritários e doentes crônicos. “O inverno chegou e, agora, mais do que nunca, as pessoas precisam estar imunizadas contra a gripe”, completou.
Quem não pode tomar a vacina oral contra a pólio
A aplicação da vacina é rápida e indolor. Dão duas gotinhas administradas por via oral. “Mas ela deve ser evitada em crianças com infecções agudas, febre, que tenham hipersensibilidade aos antibióticos estreptomicina ou eritromicina, são imunologicamente deficientes ou apresentaram alguma reação anormal à dose anterior”, orienta o gerente de imunização da DIVE. As crianças que não tenham comprovação em caderneta de vacinação das duas doses da vacina injetável contra pólio (VIP) também não deverão tomar as gotinhas.
Informações adicionais:
Ana Paula Bandeira
Secretaria de Estado da Saúde
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