Inicia-se na noite nesta quinta-feira, 1, na Câmara de Vereadores de Ibirama, a série de nove audiências pela região para apresentar e discutir o projeto de implantação de uma nova graduação em Engenharia Civil no Centro de Educação Superior do Alto Vale do Itajaí (Ceavi). Os encontros serão promovidos pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e pela Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) de Ibirama.

As audiências ainda vão acontecer em Dona Emma no dia 2, Presidente Nereu no dia 5, Apiúna no dia 6, José Boiteux no dia 7, Presidente Getúlio no dia 8, Witmarsum no dia 12, Vitor Meirelles no dia 13 e terminam em Lontras no dia 14. Devem participar dos encontros os atuais e futuros prefeitos, presidentes das Câmaras de Vereadores, diretores e professores de escolas, estudantes e outras entidades, além da população em geral.

Segundo o diretor-geral da Udesc de Ibirama, Carlos Alberto Barth, o novo curso, se aprovado, vai substituir a graduação em Engenharia Sanitária que tem atualmente apenas 35% das vagas preenchidas. “Esta é uma área de extrema importância, mas o curso não tem beneficiado tantos alunos quanto gostaríamos, e isso nos preocupa muito”, falou.

O supervisor de Políticas e Planejamento Educacional da ADR de Ibirama, Leonir Lunelli, explica que a escolha pela proposta de criação da graduação em Engenharia Civil, aconteceu após uma pesquisa de mercado com todos os municípios do Alto Vale. “Hoje, a maioria das cidades não tem profissionais nessa área e precisam contratar mão de obra de outras regiões. Mas é preciso esclarecer que os alunos que começaram Engenharia Sanitária têm o direito de terminar a sua graduação”, afirmou.

Ele destaca que além de suprir um demanda, a mudança traria um melhor aproveitamento dos recursos, tão necessário em uma época de dificuldades financeiras. “Hoje, o Ceavi conta com professores doutores e mestres que estão atendendo apenas dez estudantes por turma. Com esse novo curso, muito mais estudantes teriam acesso ao ensino superior gratuito e de qualidade”, garantiu.

A abertura da graduação em Engenharia Civil não traria nenhum custo adicional à universidade, pois seria ofertada na mesma estrutura do curso de Engenharia Sanitária e contaria com o mesmo número de professores.

Processo de aprovação do novo curso

Atualmente, a análise do novo curso, com 40 vagas, encontra-se em tramitação nos conselhos superiores da Udesc, estando nesse momento no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe). Lunelli revela que outra exigência para a abertura do novo curso seria a aprovação no Conselho de Desenvolvimento Regional, que já aconteceu, e a realização das audiências que se iniciam nesta quinta.

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