A etapa Regional Leste/ Norte dos Joguinhos Abertos de Santa Catarina, realizada na última semana em Canoinhas, movimentou a cidade. Entre atletas, dirigentes e equipe da Fesporte, o município teve a oportunidade de receber também a profissional Adriana Kopelke, apontadora (mesária) de Categoria Nacional, que trabalha na função há 29 anos, e estará trabalhando nos Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro, a partir do dia 3 de agosto, e que segue até o dia 21.

Natural de Blumenau, Adriana explica que sua função consiste em registrar todas as informações de um jogo de voleibol. Além dos jogadores, comissão técnica, equipe de arbitragem e pontos, também as ordens de saque, substituições, penalidade e qualquer outro fato relevante que ocorra durante o desenvolvimento do jogo. “É necessário trabalhar em sintonia com o 1° e 2° árbitros, para que ocorra um bom jogo”, destaca.

Trabalho nas Olimpíadas

A apontadora utilizará nos Jogos Olímpicos a súmula eletrônica, que é um programa criado por uma empresa italiana para a Federação Internacional de Voleibol (FIVB). “O sistema é fantástico, mas é preciso de muita atenção para manuseá-lo. Já utilizei este programa em jogos do Brasil x Itália, na Liga Mundial, realizados em Jaraguá do Sul em 2014, nas finais da Liga Mundial no Rio de Janeiro (RJ) em 2015, e no Grand Prix, também no RJ em junho deste ano”, conta.

Todos os jogos que a apontadora trabalhou, serviram como preparação para as Olimpíadas. Em cada jogo, trabalham um apontador principal e um apontador assistente, ambos manuseando a súmula eletrônica, mas cada um com sua função específica e complementar à do outro. Outro aspecto importante é a comunicação que deve ser feita toda em inglês, pois além do programa da súmula eletrônica ser nesse idioma, os árbitros são das mais variadas nacionalidades.

Durante as Olimpíadas, Adriana se encontrará com apontadores de outros estados como RS, PR, MG, DF, SP e RJ. A Comissão Brasileira de Arbitragem de Voleibol (Cobrav) decidiu levar a experiência de vivenciar uma Olimpíada a várias regiões do Brasil, convidando profissionais técnicos de diversos estados.

Sobre os jogos, Adriana adianta que ainda não sabe em quais irá trabalhar, “mas estarei à disposição a partir de 3 de agosto até o dia do encerramento dos Jogos”.

Sobre a expectativa de trabalhar nas Olimpíadas a apontadora espera realizar um ótimo trabalho, em conjunto com os demais oficiais técnicos, representando Santa Catarina em um dos maiores eventos esportivos a nível mundial. “Quero trazer e compartilhar todas as experiências vividas, que ficarão marcadas para sempre na minha história”, finaliza.

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