Alagamentos exigem ações para prevenir casos de leptospirose em Santa Catarina
Com mais de 90 cidades afetadas por alagamentos no mês de setembro, Santa Cataria inicia um período de risco quanto à possibilidade de aumento de casos de leptospirose. A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (SES), alerta para esse problema que costuma ocorrer imediatamente após alagamentos e enchentes, quando as águas ainda estão baixando e as pessoas retornam às suas residências para fazer a limpeza das casas.
Segundo Fábio Gaudenzi, diretor da DIVE, todos os municípios atingidos por inundações devem ficar em alerta. “Nesse momento, será disseminado informações técnicas para os serviços e profissionais de saúde, além de orientar a população sobre sintomas, mecanismos de transmissão, ações de prevenção e controle”, explica Gaudenzi.
A leptospirose é uma doença grave, causada por uma bactéria presente na urina contaminada de animais, principalmente ratos. Pode iniciar com sintomas semelhantes aos da gripe. Provoca febre, calafrios, dor de cabeça, mal-estar e dores no corpo. Um sintoma característico é uma forte dor nas pernas.
Depois dos sintomas iniciais, a leptospirose pode levar a quadros graves, com sangramento pelo nariz, vômito ou escarro com sangue, pele amarelada (icterícia) e diminuição da urina. A doença pode ser contraída pela água ou lama dos alagamentos, pois a bactéria causadora da leptospirose penetra no corpo através de machucado e até mesmo da pede sadia, quando a pessoa fica muito tempo dentro da água.
A orientação da DIVE é de que todo paciente que apresente os sintomas iniciais e teve contato com água ou lama de enchente receba, imediatamente, tratamento com antibiótico, independente do resultado de exame laboratorial.
Equipes de saúde, como a saúde da família, agentes comunitários e agentes de endemias, estão acionadas para visitar e monitorar regiões atingidas pelos alagamentos. O objetivo é determinar as características da área, a população atingida, realizar a busca dos casos suspeitos e encaminhá-los para unidades de saúde.
Moradores que tiverem febre, dor de cabeça e dores no corpo até 40 dias depois dos alagamentos devem procurar uma unidade de saúde. ”É fundamental que a pessoa não esqueça de contar ao médico que teve contato com a água ou lama”, destaca Gaudenzi.
Medidas de prevenção:
:: Evite contato com água ou lama de enchentes e não deixe que crianças brinquem no local;
:: Use botas e luvas quando trabalhar em áreas com possível água contaminada, como é o caso de alagamentos;
:: Pessoas que trabalham na limpeza de lama, entulho e esgoto devem usar botas e luvas de borracha para evitar o contato da pele com água e lama contaminadas. Se isso não for possível, usar sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés;
:: Quando as águas baixam é necessário retirar a lama e desinfetar as casas, sempre se protegendo. O chão, paredes e objetos devem ser lavados e desinfetando com água sanitária, na proporção de quatro xícaras de café do produto para um balde de 20 litros de água, deixando agir por 10 minutos;
:: Jogue fora alimentos que tiveram contato com água dos alagamentos;
:: Guarde os alimentos em potes fechados;
:: Mantenha cozinhas e despensas limpas;
:: Para evitar a presença de ratos, mantenha seu quintal limpo;
:: Coloque o lixo em sacos plásticos e lixeiras tampadas. Não jogo em terrenos baldios;
:: Tampe buracos que possam ser entradas para ratos.
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Informações adicionais para a imprensa
Ana Paula Bandeira
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