Agência de Notícias SECOM

  1. Início
  2. /
  3. Geral
  4. /
  5. Agricultores do Alto Vale...

Agricultores do Alto Vale lembram realizações e dificuldades da vida no campo

Moacir Barbetta trabalha na agricultura desde criança – Foto: Helena Marquardt/ADR Ibirama

“Trabalhamos de segunda a segunda e não dá para desanimar.” A frase do produtor de leite Moacir Barbetta, de Presidente Getúlio, resume bem a rotina dos milhares de agricultores catarinenses, muitos do Alto Vale do Itajaí, que são os responsáveis por produzir boa parte dos alimentos vendidos no país, e  estão sendo lembrados ao longo da semana em diversas festas em homenagem a colonos e agricultores.

Moacir entende como poucos a rotina na agricultura e destaca que para quem acorda cedo, antes mesmo do sol nascer, é preciso perseverança e força de vontade. Hoje, com 46 anos, o morador da localidade de Ribeirão Sabiá, conta que faz parte da terceira geração da família trabalhando no ramo leiteiro e desde criança precisou ajudar no cuidado com os animais para garantir o sustento da casa. “Com sete anos já tinha que ajudar na ordenha, na limpeza das instalações e conforme a idade ia avançando as responsabilidades aumentavam” lembra.

Apesar de todos os desafios, e ao contrário da maioria dos jovens que preferem abandonar a agricultura e viver em grandes centros, o getuliense que estudou apenas até  a quarta série do ensino fundamental diz que sempre gostou da lida no campo e quis dar sequência ao trabalho realizado pelos pais. “Isso já veio dos meus avós e não quis deixar. Claro que a gente foi melhorando as instalações e investindo em tecnologia e fazendo cursos, mas jamais pensei em largar tudo. O que eu mais gosto da minha vida na agricultura é ver que o trabalho que a gente faz para as outras pessoas porque alguém tem que produzir os alimentos.”

Ele conta que há cerca de cinco anos decidiu investir na propriedade e graças a modernização das instalações, com a compra de uma ordenhadeira canalizada, hoje a produção de leite chega a 15 mil litros por mês e exige dedicação para cuidar dos 62 animais da propriedade.

Além da venda do leite a família ainda faz produtos como queijo e doces para ajudar na renda ao final do mês e é através do dinheiro que ganha na agricultura que ele sustenta a esposa e as filhas de 11 e 2 anos. Para o futuro,  sonha em vê-las formadas na faculdade e morando na propriedade. “Claro que elas têm que escolher a profissão que querem seguir, mas eu ficaria feliz se elas continuassem o nosso trabalho.”

Agricultura como base da economia

No Alto Vale a agricultura representa uma parcela importante do movimento econômico e em alguns municípios como Presidente Nereu esse percentual chega a 82%. Em Vitor Meireles 65% da economia é baseada na produção do campo, já em Witmarsum o número é 55,7%.

Apesar de contar com pouco mais de 30% de representatividade econômica, a agricultura de Presidente Getúlio é considerada como uma das mais fortes na região e garante o sustento ao maior número de famílias: são cerca de 1.100 vivendo exclusivamente da renda que vem do trabalho no campo.

Luciano Pereira também faz parte desse número e herdou da família o amor pela agricultura, mas lembra que no passado já decidiu se aventurar em outros setores. Trabalhou como frentista até retornar para a agricultura em 2010. Hoje ele produz cachaças, licores, açúcar, doces artesanais, rapadura e melado junto com a esposa e afirma que o negócio próprio é a realização de um sonho. “Comecei fazendo mil litros de cachaça por ano e hoje a produção já é de 125 mil”.

joomplu:27415

Para pequenos produtores como Luciano a consultoria de técnicos da Epagri também vem sendo fundamental.  Foi graças à participação em diversos cursos gratuitos que  ele conseguiu melhorar os resultados e hoje sabe que o atendimento e a qualidade do produto são essenciais, uma receita que hoje traz a realização profissional e pessoal.  “Posso dizer que hoje sou muito feliz e meus planos são todos de investir e continuar aqui”, finaliza.

Governo de SC incentiva permanência no campo através de diversos programas

Reconhecendo a importância do trabalho de agricultores como Moacir e Luciano, a gerente de Políticas Socioeconômicas Rurais e Urbanas da Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) de Ibirama, Edna Beltrame Gesser, revela que o Governo de Santa Catarina tem incentivado a permanência no campo através de diversos programas, como por exemplo o Terra Boa, que só nos municípios que compõem a Regional,  investiu  em 2017 R$621.968,54 em calcário, kits forrageira, sementes de milho  e kits de apicultura.

Mais informações para a imprensa:
Helena Marquardt
Assessoria de comunicação 
ADR Ibirama
Fone (47) 3357-8908 / (47) 98819-9350
E-mail: 
imprensa@iir.adr.sc.gov.br
Site: sc.gov.br/regionais/ibirama
Facebook: www.facebook.com/regional.ibirama

 

Page Reader Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud Screen Reader Support