A bióloga e ecóloga, Francine Lambrecht, da Gerência Regional de Saúde, ministrará palestra sobre combate ao mosquito Aedes Aegypti a servidores públicos estaduais, na Secretaria Regional de Itajaí (SDR), na quarta-feira, 23, às 17h. O evento tem apoio da Gerência Regional de Educação.

A iniciativa vai orientar grupos que possam ser multiplicadores de informações. “Itajaí sofreu com uma epidemia e é fundamental que cuidemos da nossa casa e do nosso ambiente de trabalho, que podem ter locais com acúmulo de água”, diz a bióloga.

A ação preventiva também será levada para as escolas estaduais da região de Itajaí.  Em outubro, a equipe da Gerência de Saúde reunirá professores e diretores para discutir e orientar sobre como evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue, da chikungunya e da zika.

A dengue tem sido um dos principais problemas de saúde pública existentes no Brasil e o seu controle um dos grandes desafios de todas as esferas de governo. Em Santa Catarina, o panorama da dengue vem demandando preocupação crescente, tendo em vista o aumento do número de focos e de áreas infestadas pelo Aedes Aegypti. Em 2015, foram registrados mais de 3.200 casos de dengue no Estado e mais de 5 mil focos do mosquito em 108 cidades. Três municípios da região de Itajaí estão na lista dos 27 municípios considerados infestados (de difícil controle) pelo mosquito: Balneário Camboriú, Itajaí e Itapema.

Novas doenças

Na semana passada, na reunião do Conselho de Desenvolvimento Regional, em Itajaí, a gerente de Vigilância de Zoonoses e Entomologia da Secretaria de Estado da Saúde, Suzana Zeccer, apresentou dados que apontam o agravamento da dengue, o surgimento de novos vírus e a possibilidade de uma nova epidemia na região de Itajaí para o próximo verão.  

Além da dengue, o Aedes Aegypti é responsável por transmitir os vírus dachikungunya e da zika, com casos de contaminação em Itajaí sendo analisados. O agravamento da dengue em um morador de Itajaí também está em análise em laboratório especializado. Ele teria contraído a doença pela segunda vez, o que aponta para a dengue tipo 2, considerada mais grave. “O problema pode ter sido triplicado, o que requer ainda mais empenho dos órgãos públicos e da população no combate ao mosquito”, salienta a gerente.

A reunião será realizada no auditório da SDR, na Rua Jorge Matos, 21, Centro.

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