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Abalroamentos causam falta de energia e prejuizos à Celesc

Neste último feriadão, duas ocorrências maiores no sistema elétrico da Celesc deixaram sem energia 15 mil unidades consumidoras de Rio dos Cedros e Timbó, na região de Blumenau, e de Barra Velha, no Litoral. As duas falhas foram provocadas por abalroamentos de postes em vias públicas.

Esse é um problema bastante antigo enfrentado pelas distribuidoras e que trazem como consequência não somente os danos materiais à rede de distribuição, mas também a interrupção do fornecimento de energia. No último ano, os abalroamentos somaram R$ 5,3 milhões de prejuízos à Celesc com equipamentos danificados.

A maioria das ocorrências acontece nos finais de semana, em vias rápidas e pontos em curva de trajetos urbanos. Dependendo dos danos na rede elétrica – como a quebra de postes e o rompimento de fiação – o custo material de um abalroamento pode variar entre R$ 3 mil e R$ 5 mil. Além disso, essa ocorrência pode resultar em até cinco horas sem energia, interferindo nos indicadores de qualidade no fornecimento de energia elétrica estabelecidos pela agência reguladora, a Aneel. 

Em toda área de concessão da Celesc, no ano passado, foram registrados 4.300 abalroamentos, 208 ocorrências a mais do que em 2012. A Agência Regional da Celesc com mais ocorrências foi a de Florianópolis (840 casos), seguida por Joinville (793 casos), Blumenau (455) e Itajaí (334 casos). As Agências Regionais Videira e São Bento do Sul tiveram o menor número desses acidentes, com 43 e 37 casos, respectivamente.

Até o final de janeiro, foram registradas 372 ocorrências em toda área de concessão, com as regiões de Florianópolis (83 casos), Joinville (64) e Blumenau (39) com maior número de ocorrências. 

Para buscar o ressarcimento dos danos, sem contabilizar os prejuízos com a interrupção da energia para os consumidores, a Celesc aciona o responsável. Em 2013, foram resgatados judicialmente mais de R$ 2 milhões dos prejuízos gerados por esses abalroamentos. No ano anterior, o montante foi de aproximadamente R$ 1 milhão. 

Os dados apontam que os prejuízos têm aumentado ano a ano. No último ano, por conta dessas ocorrências, foram avariados 1.351 postes e 124 transformadores. No ano anterior, foram atingidos 1.127 postes e 92 transformadores. Desde o início deste ano até o final de fevereiro, os abalroamentos danificaram 208 postes e 35 transformadores, deixando um prejuízo financeiro de quase R$ 258 mil. No período 2012-2013, os prejuízos totais – recuperados diretamente ou por via judicial – totalizaram R$9,5 milhões.

Pelo país

O número de abalroamentos também tem aumentado nas áreas de atuação das outras distribuidoras. No Ceará, atendido pela Coelce, o número de ocorrências chegou a 1.720 no ano passado. Somente na capital – Fortaleza – foram 862 casos. A concessionária calcula prejuízo entre R$ 1.500 e R$ 10 mil para proceder aos reparos, dependendo do caso. 

Para a CEB, concessionária que atende o Distrito Federal, esse custo médio varia de R$ 1,2 até R$ 7 mil. No entanto, outro problema está associado a esses acidentes: o incremento no tempo médio para o conserto da rede. Segundo a concessionária, desde 2012 esse tempo aumentou, em média, em quinze minutos, passando de quatro horas e quinze para até quatro horas e trinta minutos.

O motivo é o trânsito caótico dos grandes centros urbanos como Brasília. Assim, aos demais prejuízos soma-se um tempo maior que a população fica sem energia em casa ou sem iluminação pública. Como os engarrafamentos estão cada vez mais frequentes, a situação tende a se agravar. Na área de atuação da Celesc, esse tempo de reparo pode chegar a cinco horas, conforme a localização da ocorrência e o fluxo viário.

No Paraná, mais de dois mil postes são abalroados todos os anos, uma média de seis estruturas danificadas por dia. Segundo a distribuidora Copel, além do prejuízo financeiro decorrente da substituição e reposição das estruturas, equipamentos e acessórios danificados, essas ocorrências causaram interrupções no fornecimento de energia para mais de 250 mil domicílios. Lá, os abalroamentos são responsáveis por 80% das quebras de postes.

Informações adicionais para a imprensa
Vânia Mattozo
Assessoria de Imprensa 
Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. – Celesc 
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