Doutoranda da Udesc Lages defende primeira tese do Brasil sobre cultivo de lúpulo no país
A doutoranda Mariana Mendes Fagherazzi, do Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal do Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Lages, defendeu, em 14 de fevereiro, a primeira tese do Brasil que aborda especificamente o cultivo do lúpulo no país. Os resultados da pesquisa ajudam a comprovar que é possível produzir lúpulo de qualidade no Brasil.
Com o tema “Adaptabilidade de cultivares de lúpulo na Região do Planalto Sul Catarinense”, a pesquisa, orientada pelo professor Leo Rufato, teve como objetivo caracterizar a adaptação vegeto-produtivas e qualitativas de quatro cultivares de lúpulo em diferentes microclimas da Região do Planalto Sul Catarinense.
Segundo Mariana, os resultados da pesquisa permitiram direcionamentos de manejo aos lupulicultores da região, a caracterização das cultivares avaliadas e impulsionaram novas pesquisas de modo mais específico. Com isso, o estudo ajudou a fortalecer e engajar novas demandas dos produtores de lúpulo e da cadeia produtiva, que está em estruturação.
“Os resultados obtidos neste estudo são de grande valia para a comunidade científica, assim como para os produtores que desejam iniciar o cultivo de lúpulo no Planalto Sul Catarinense”, avalia a pesquisadora.
Mariana ainda acrescenta que as tendências recentes na comercialização de produtos agrícolas produzidos localmente podem resultar em maior apelo às cervejarias artesanais para utilizarem o lúpulo brasileiro.
Para o orientador, a tese vai ao encontro de uma demanda do setor produtivo. Atualmente, o Brasil depende 100% da importação do produto para a produção de cerveja. “Havia uma demanda para responder se era possível produzir lúpulo de qualidade no Brasil. E nós estamos conseguindo provar que sim”, afirma Rufato.
Para a pesquisadora, que integra o Grupo de Fruticultura da Udesc Lages, o valor da pesquisa não está no ineditismo, mas sim, nos resultados obtidos.
“Ter realizado toda essa pesquisa em uma instituição pública e de excelência é muito gratificante. A universidade, juntamente com o Grupo de Fruticultura liderado pelos professores Leo Rufato, Aike Aneliese Kretzkmar, Amauri Bogo, Francine Regianini Nerbass e Antonio Felippe Fagherazzi, juntam esforços para o andamento dos projetos de pesquisa”.
Udesc Lages é sede de associação brasileira de produtores
Engenheira Agrônoma formada pela Udesc Lages, Mariana Mendes Fagherazzi também é uma das fundadoras da Associação Brasileira de Produtores de Lúpulo (Aprolúpulo), com sede na universidade.
Criada em maio de 2018, a associação tem como objetivo gerar informações e fomentar a cultura do lúpulo, um dos principais ingredientes da produção cervejeira, que atua como conservante natural.
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Luiz Eduardo Schmitt
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