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Dia Internacional da Superdotação: Santa Catarina é referência nacional na área

 Júlia Mantelli Copatti, 13 anos, mostra suas pinturas em aquarela desenvolvidas na FCEE – Fotos: Divulgação/FCEE

O Dia Internacional da Superdotação é comemorado no dia 10 de agosto. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 5% da população mundial possui superdotação. Em Santa Catarina, de acordo com o Censo Escolar, havia 1.013 alunos com superdotação em 2018.

Todo aluno catarinense em idade escolar com indicativos de altas habilidades/superdotação faz parte do público da educação especial e tem direito a atendimento especializado, para minimizar as diferenças de estilo e ritmo de aprendizagem. A Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), em São José, realiza esse trabalho, totalmente gratuito, por meio do Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAAH/S). Com a missão de identificar e atender alunos talentosos, atinge 500 estudantes de escolas estaduais em 26 polos regionais em todo o Estado.

É consenso entre os especialistas que superdotados não atendidos adequadamente enfrentam dificuldades emocionais e de aprendizagem. Desde 2014, o Governo do Estado, por meio da FCEE, realiza um trabalho pioneiro nesta área da educação especial que foi reconhecido como referência nacional pelo Ministério da Educação em 2017.

Atendimento modelo para o resto do Estado

O serviço de atendimento prestado dentro do NAAH/S é considerado modelo para os polos regionais e usado como exemplo nas capacitações de profissionais da área da educação, realizadas constantemente pelos profissionais da FCEE.

Karoline de Abreu Hillesheim, 22 anos, foi uma das atendidas pela FCEE. Ela é graduada em Administração e cursa um MBA em Marketing. A jovem defende arduamente que o assunto da superdotação seja cada vez mais discutido nas escolas. “Superdotadas são aquelas crianças que têm uma habilidade, são bons em uma certa matéria, mas não têm foco em outras. Acredito fortemente que é um assunto que precisa ser debatido em todas as escolas. Temos muitos mini gênios por aí e não sabemos”, afirma Karoline, que entrou na Fundação quando tinha 16 anos e recebeu suplementação acadêmica na Oficina de Leitura e Produção Textual.

Karoline explica que o atendimento recebido na FCEE permitiu a ela ter um crescimento e um desenvolvimento psicológico, pessoal e de amadurecimento. Na Fundação, ela participou do livro Vozes do NAAH/S – Poemas e Narrativas, que reúne textos de alunos da Oficina de Leitura e Produção Textual e que é distribuído gratuitamente para escolas públicas da rede estadual.

Wesly Carmesine Ataíde, 19 anos, é outro ex-aluno do NAAH/S que também reconhece a importância do atendimento recebido. Identificado com indicadores de superdotação aos 16, quando foi medalhista de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep),ele recebeu suplementação acadêmica nas Oficinas de Lógica e Matemática e Robótica Educacional. Atualmente, é aluno do curso de graduação em Ciências da Computação na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

“A maior marca do NAAH/S foi me ajudar a me entender, porque é meio inevitável quem exibe superdotação se sentir deslocado na escola, já que costumamos ter interesses diferentes”, afirmou o estudante, lembrando que na Fundação encontrou colegas superdotados que compartilhavam de gostos em comum. “Tinha um colega que gostava bastante de astronomia e a gente conseguia conversar sobre isso, o que era raro fora desse ambiente”, explica.

Mateus Scherer Leal explica seu projeto de um foguete de água

Já Mateus Scherer Leal, 15 anos, e Júlia Mantelli Copatti, 13, são exemplos de alunos que ainda frequentam as oficinas do NAAH/S. Mateus estuda em uma escola da rede pública e chegou até a Fundação após receber uma menção honrosa na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). Hoje participa das atividades da Oficina de Robótica, onde desenvolve projetos envolvendo noções de robótica e programação.

Para Mateus, o atendimento especializado recebido foi fundamental para a decisão de cursar uma faculdade na área de Automação. “Foi aqui que descobri o mundo da robótica, antes nunca tinha ouvido falar nisso”, afirma o estudante do Ensino Médio, destacando a importância das atividades realizadas em conjunto com a Engenharia de Controle e Automação da UFSC. “Hoje tenho certeza de que quero fazer uma faculdade na área de automação, para trabalhar com mecânica, programação e inteligência artificial”, afirma.

Júlia está no NAAH/S desde outubro de 2016, frequentando a Oficina de Artes Visuais, e, mais recentemente, a de Literatura. Ela afirma que foi ali que percebeu, aos poucos, que poderia trabalhar no futuro com uma das suas duas grandes paixões: as artes plásticas e as letras. Nas artes, ela tem se dedicado à pintura em aquarela e na literatura está escrevendo um livro, um romance policial sobre uma menina que saiu do interior para morar em São Paulo.

Revelando talentos

“Os alunos com indicadores de altas habilidades/superdotação necessitam de serviços educacionais especializados que acolham suas especificidades, respeitem suas assincronias e promovam o desenvolvimento acadêmico, artístico, psicomotor e social”, defende a coordenadora do NAAH/S, a psicóloga Andréia Panchiniak. “Não podemos desperdiçar nossas inteligências; há por toda parte jovens esperando por melhores oportunidades e desafios às suas capacidades”, destaca.

Em todas as regiões catarinenses, o trabalho realizado pela FCEE está levando ao reconhecimento e à valorização do potencial dos jovens estudantes. “Estamos rompendo mitos, mudando paradigmas, revelando os talentos que até pouco tempo atrás estavam na invisibilidade”, resume a coordenadora do NAAH/S.

Mais informações para imprensa:
Aline Buaes
Assessoria de Comunicação FCEE
(048) 3664-4943/ 991158918
Email: imprensa@fcee.sc.gov.br

www.fcee.sc.gov.br 

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