Trabalhos de adolescentes do Casep de Tubarão são expostos no TJSC

O papel jornal foi a matéria-prima usada pelos adolescentes em conflito com a lei do Casep de Tubarão na criação das peças da mostra Reciclando ideias – Liberdade através da Arte, em exposição no hall do Tribunal de Justiça. O projeto, coordenado pela pedagoga Rosimere Correa, trabalha a reconstrução de sentimentos por meio da arte. A mostra está aberta à visitação até o dia 6 de maio. O evento é resultado de uma parceria entre o Núcleo V – Direitos Humanos da Corregedoria-Geral da Justiça e o Departamento Administrativo Socioeducativo (Dease) da Secretaria de Justiça e Cidadania, do Governo do Estado.
O corregedor-geral de Justiça, desembargador Henry Petry Junior, destacou que o Dease teve papel fundamental na transformação do Casep de Tubarão. “Em 2017, quando a unidade era administrada por uma ONG, não havia alimentação suficiente, as roupas eram lavadas uma vez por semana, faltava higiene, as paredes estavam mofadas.” O desembargador disse ainda que a chegada de agentes socioeducativos no Casep permitiu que a unidade alcançasse um padrão de qualidade. “O que faz a diferença são os profissionais abnegados e vocacionados para a função”, assinalou.
O diretor do Dease, Zeno Tressoldi, agradeceu a parceria com a Corregedoria-Geral do TJ destacando que socioeducação se faz com o engajamento de vários setores da sociedade. “Não podemos esquecer a segurança, mas é importante ter presente que o objeto final da socioeducação é trazer o adolescente de volta à sociedade”.
Responsável pelo desenvolvimento do projeto que resultou na exposição, a pedagoga da unidade, Rosimere Correa, contou que as obras são produzidas a partir da reflexão sobre sentimentos. “A proposta é reciclar os sentimentos deles em relação ao meio social, tanto que os nomes das obras são sugeridos por eles.” Os trabalhos retratam o que os internos entendem por amor, abandono, solidão, felicidade, entre outros.
Um adolescente de 16 anos, que cumpre medida socioeducativa e trabalhou na construção dos trabalhos expostos, disse que produzir as peças era uma forma de acalmar a mente. “Quando eu estava fazendo o trabalho, o tempo passava mais rápido e é bom para não ficar besteira.”
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