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Auxílio da Polícia Militar na defesa agropecuária de Santa Catarina é debatida

Uma parceria entre as secretarias de Estado da Agricultura e da Segurança Pública pode garantir a participação da Polícia Militar nas ações de defesa agropecuária em Santa Catarina. A intenção é unir esforços para garantir a sanidade animal e vegetal no Estado. O secretário da Agricultura, Ricardo de Gouvêa, e o presidente do Colegiado de Segurança Pública, coronel Araújo Gomes, deram início à construção do projeto nesta segunda-feira, 11.

“Nós temos muito interesse em trabalhar junto com a Polícia Militar para reforçar a defesa agropecuária em Santa Catarina. A principal linha de ação seria na fiscalização de estradas e fronteiras”, explica Ricardo de Gouvêa.

O auxílio da Polícia Militar virá em um momento estratégico. Santa Catarina se mantém há 19 anos como único Estado brasileiro que não vacina seus rebanhos contra a febre aftosa, situação que deve mudar a partir deste ano, quando outros estados também suspenderão a vacinação. Os riscos de uma contaminação preocupam o governo catarinense e demandam uma atenção ainda maior da defesa agropecuária.

A parceria entre Polícia Militar e Secretaria da Agricultura possibilitaria, por exemplo, a utilização das câmeras de identificação de placas e a abordagem de veículos suspeitos para cobrança da Guia de Trânsito Animal (GTA). Segundo o coronel Araújo Gomes, os policiais devem receber um treinamento para que possam intervir e reforçar os trabalhos de defesa agropecuária, utilizando principalmente a tecnologia.

Ainda este mês um novo encontro entre as áreas de inteligência da Polícia Militar e técnicos da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) dará sequência às tratativas para operacionalizar a ação conjunta.

Boto pescador

Polícia Militar e Secretaria da Agricultura trabalharão juntas também para a preservação do boto pescador e no combate à pesca ilegal. Nos últimos anos, botos residentes do Complexo Lagunar Sul em Laguna foram vítimas das redes de emalhe, usadas de forma ilegal na região. “O caminho é a educação da comunidade e intensificar as fiscalizações”, ressalta o coronel Araújo Gomes.

Informações adicionais:
Ana Ceron
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