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Agronegócio está no radar das startups catarinenses

Santa Catarina aceita desafio do Banco Mundial e implanta projeto inovador para aproximar startups e agricultura familiar. O Estado, conhecido pela diversidade do agronegócio, quer agora levar soluções tecnológicas para aumentar a produtividade no meio rural. O Núcleo de Inovação Tecnológica para Agricultura Familiar (Nita) veio para integrar esses dois setores tão distintos, conectando as demandas do agronegócio às soluções tecnológicas já disponíveis no mercado.  Nesta quinta-feira (23), o Nita promoveu um encontro em Florianópolis para estreitar os vínculos entre empresas de tecnologia e representantes das cadeias produtivas.

“Santa Catarina é reconhecida mundialmente no setor do agronegócio, com a exportação de suínos e de frangos, já é uma referência e, agora, une esforços com a área de tecnologia, que é destaque e representa a maior parte da atividade econômica da Grande Florianópolis. Essa ação é fundamental para o desenvolvimento do setor ”, disse o governador Eduardo Pinho Moreira.

Núcleo de Inovação Tecnológica para Agricultura Familiar (Nita)

 O Núcleo de Inovação faz parte de um grupo seleto de iniciativas para aproximar tecnologia e agricultores. O Banco Mundial apoia apenas oito projetos como esse no mundo e o Estado é o único representante da América Latina nessa lista, tornando-referência para outros estados e países.

De acordo com o coordenador setorial para Desenvolvimento Sustentável do Banco Mundial, Paul Procee, a escolha de Santa Catarina não foi por acaso. “O Banco Mundial decidiu investir em Santa Catarina porque este é um estado inspirador. E a intenção é criar vínculos onde a inovação aconteça, fazendo com que os agricultores se tornem empreendedores dentro de um ecossistema de negócios, como já existem com outros setores da economia”, ressalta.

O Núcleo de Inovação funciona como um elo entre startups, pequenas e médias empresas desenvolvedoras de inovações e as cadeias produtivas organizadas dos agricultores. Hoje são 34 empresas cadastradas, que já fazem negócios com agricultores e empresas catarinenses, além de algumas parcerias internacionais. “Nós percebemos que a inovação não chegava até os agricultores familiares, que eles não conseguiam absorver as tecnologias da mesma forma que os grandes produtores. Eram dois mundos separados e que agora conseguem pensar juntos em soluções para continuidade da agricultura familiar, dando mais competitividade ao agronegócio catarinense”, destaca o secretário executivo do Nita, Julio Bodanese.

Startups migram para o meio rural

Segundo o coordenador do Banco Mundial, Paul Procee, a inovação só acontece quando as startups e os agricultores começam a trabalhar juntos. E era justamente isso que faltava em Santa Catarina. O Nita potencializa as tecnologias, mapeando as demandas dos produtores rurais e criando esse vinculo entre quem produz a solução e os agricultores lá no campo.

“Uma startup nova e que trabalha com agronegócio tem dificuldades de chegar ao produtor. O contato com os agricultores é fundamental para desenvolver um bom trabalho. Através do Nita nós conseguimos criar contatos que permitiram que a empresa siga seu trabalho”, relata fundador da empresa de tecnologia Comando, Lucas Feliciano.

Desafios

O principal desafio agora é buscar recursos financeiros para fomentar as inovações voltadas para agricultura familiar – inclusive fora do país. “Muitos investidores internacionais buscam oportunidades para investir no Brasil e o Nita se torna uma opção interessante porque traz um avanço enorme não só para a agricultura, mas também para a indústria e para o setor de inovação”, explica Paul Procee.

De acordo com o secretário adjunto da Agricultura e da Pesca, Athos de Almeida Lopes Filho, os parceiros do Núcleo de Inovação devem se unir e criar propostas para que o Governo do Estado possa destinar recursos que possam alavancar a inovação no meio rural. “Nós temos todo interesse em apoiar projetos certeiros, que façam a diferença no agronegócio catarinense, podemos pensar em mecanismos para otimizar os recursos públicos”.

Parceiros

Sob coordenação da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca, o Nita reúne diversas entidades de Santa Catarina, entre elas Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae),  Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), Associação Polo Tecnológico do Oeste Catarinense (Deatec), Associação Catarinense de Fundações Educacionais(Acafe), Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi) e Universidade Católica de Santa Catarina.

Informações adicionais para a imprensa:

Ana Ceron

Assessoria de Imprensa

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