Rodada de Inovação para água discute desafios para o uso consciente de recursos hídricos, em Florianópolis
Os desafios e tendências para a gestão dos recursos hídricos do Estado foram pauta na I Rodada de Inovação para a Água, que tem como objetivo fomentar parcerias para inovações em recursos hídricos e promover soluções inovadoras para os desafios da água no Estado.
A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS) atua em parceria com a CERTI, FIESC e FAPESC com o intuito de fortalecer as organizações em um contexto de Ecossistema de Inovação na busca pela gestão eficiente dos recursos hídricos. A Rodada foi uma oportunidade de estimular oportunidades de negócios e o intercâmbio de conhecimentos e tecnologias, com painéis e palestras sobre tendências tecnológicas, exposições de convidados, espaços para negociações diretas e rodas de conversa temáticas.
Participantes
O evento contou com a participação do secretário de Estado da SDS, Adenilso Biasus, o presidente da Câmara de Qualidade Ambiental da FIESC, José Lourival Magri, o superintendente da Fundação Certi, José Eduardo Fiates, o presidente da Fapesc, Sergio Luiz Gargioni,
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Adenilso Biasus, enfatizou que para ter uma boa gestão da água é preciso entender o papel do Estado. “A água está inserida na Constituição como principal bem público cuja responsabilidade pela preservação é de todos. Cabe ao Estado organizar a gestão da água”, disse.
O presidente da Fapesc, Sergio Luiz Gargioni, salientou que o conhecimento técnico e científico é indispensável para garantir o uso da água. “Estamos acostumados com abundância desse recurso e não valorizamos tanto”, disse, salientando que em países onde a escassez é uma realidade, como Israel, há um uso melhor do recurso.
O diretor do centro de economia verde da Fundação Certi, Marcos Daré, destacou que o plano estadual de recursos hídricos mostra que nos próximos dez anos a demanda por água vai superar a capacidade de oferta do recurso outorgado em Santa Catarina. “Parece um tempo muito longo, mas se esperarmos chegar próximo ao momento de crise para pensarmos em nos mover, não teremos tempo necessário para mudanças de postura e até de modelos de negócios que nos permitam fazer frente ao problema”, alertou.
O presidente da Câmara de Qualidade Ambiental da FIESC, José Lourival Magri, destacou que sem água não é possível produzir nada. “Temos a água como fator de desenvolvimento. A competitividade da indústria passa pelo uso racional dos recursos naturais e, dentre eles, a água”, disse. Ele chamou a atenção para os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), eleitos pela ONU para o período 2015-2030, que trazem 169 metas, das quais, 90% passam pela água.
Historicamente, o tema água move o desenvolvimento da tecnologia, da indústria e da agricultura desde o início da civilização, lembrou o superintendente da Fundação Certi, José Eduardo Fiates. “Estudo já apresentado diz claramente os desafios que temos nessa área. A nossa visão é: sempre que há um desafio, há uma oportunidade de desenvolvimento tecnológico”, ressaltou.
{article Mônica Foltran – Desenvolvimento Econômico Sustentável – SDS}[text]{/article}