Casan assina nesta quinta-feira novo convênio para recuperação da mata ciliar na região Oeste
A Casan assina nesta quinta-feira, 30, a renovação de convênio com o Consórcio Ibere para continuidade de projeto de proteção de mananciais e a recuperação da vegetação ao longo de cursos d´água na região Oeste. Com essa nova parceria, a Casan chega a um investimento de aproximadamente R$ 2 milhões na recomposição da mata ciliar na Bacia Hidrográfica do Rio Chapecó-Irani.
A solenidade será realizada às 10h30, no auditório da Agência de Desenvolvimento Regional de Chapecó, localizada na Rua Nereu Ramos, 31, segundo andar, Centro. O ato será realizado com o Dia de Ação de Governo, no qual o Estado presta contas às comunidades.
A nova cooperação técnica-financeira vai permitir o repasse de R$ 362.600,00 para continuidade do trabalho que, desde 2006, vem permitindo a proteção de mananciais e a recuperação da vegetação ao longo de cursos d´água na Região Oeste. Com essa nova parceria, a Casan chega a um investimento de aproximadamente R$ 2 milhões na recomposição da mata ciliar na Bacia Hidrográfica do Rio Chapecó-Irani.
“A Casan tem um enorme orgulho de participar do Consórcio Iberê, que protege os mananciais e garante o abastecimento de água e a qualidade de vida de famílias de agricultores da Região Oeste. O novo repasse de recursos vai garantir que esse importante trabalho, cada vez mais premiado e reconhecido, tenha continuidade”, destaca o presidente da Casan, engenheiro Valter Gallina.
Premiações
Reconhecido no mês de novembro desse ano com o prêmio Fritz Müller, da Fundação de Meio Ambiente (FATMA), o Projeto Iberê já possibilitou a recuperação de 145 hectares de mata ciliar – o que representa a recomposição da vegetação em uma área equivalente a aproximadamente 145 campos de futebol. O trabalho contou com a participação direta de 300 famílias e o envolvimento de aproximadamente 10 mil pessoas.
Gerenciamento ambiental participativo
Criado em 2006, o Projeto Iberê de Conservação da Mata Ciliar (uma referência à palavra que em língua indígena significa água limpa) é desenvolvido em sete municípios da Bacia Hidrográfica do Rio Chapecó-Irani: São Carlos, Águas de Chapecó, Caxambu do Sul, Planalto Alegre, Guatambu, Chapecó e Cordilheira Alta.
Nessa região predominam pequenas propriedades rurais, em grande parte com uso do solo até as margens dos cursos d`água e acesso livre dos animais. Os produtores aderem de forma voluntária para desenvolver ações de preservação da cobertura vegetal às margens dos rios e nascentes.
Técnicos que atuam no Projeto Iberê auxiliam na identificação dos problemas ambientais da região, aplicam uma metodologia de gerenciamento ambiental participativa, intermunicipal e integrada, compartilhando as responsabilidades e buscando opções técnicas de baixo custo, fácil replicabilidade e levando em conta a vivência das pessoas do local.
Uma das ações é a construção de cercas que isolam os animais (grande parte dos agricultores trabalha com bovinocultura leiteira) e a produção agrícola da área a ser restaurada. Os materiais para as cercas são comprados com recursos do convênio com a Casan e repassados aos produtores rurais. Dessa forma, além de permitir que a vegetação seja recuperada ao longo dos cursos d´água, o projeto reduz a erosão do solo, que era comum nas margens desprotegidas nos períodos chuva.
A regeneração natural da área é favorecida com práticas simples, que permitem também o retorno gradativo da fauna. Aumento da disponibilidade de água, contenção da erosão das margens dos riachos, reaparecimento de fauna local e melhoria do trabalho e dos produtos fabricados nas propriedades são outros benefícios citados por famílias que participam do projeto.
“Sem o agricultor proteger a margem do curso d´água com cercas, o local era um descampado, muitas vezes com estrutura para o gado. Agora no terreno há uma floresta”, descreve a técnica do Consórcio Iberê Geciane Pereira Jordani, que realiza o trabalho de campo com as famílias.
São parceiros do Consórcio Iberê, além de prefeituras da Região Oeste e Casan, a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Policia Ambiental, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e Unochapecó.
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