Saúde divulga 33º boletim da dengue, zika e chikungunya em Santa Catarina
No período de 1º de janeiro a 20 de agosto foram notificados 12.945 casos suspeitos de dengue em Santa Catarina. Desses, 4.331 (33%) foram confirmados (3.437 pelo critério laboratorial e 894 pelo critério clínico-epidemiológico), 682 (5%) estão inconclusivos (classificação utilizada no Sinan nos casos em que após 60 dias da data de notificação, ainda estiverem sem encerramento da investigação), 7.860 (61%) foram descartados por apresentarem resultado negativo para dengue e 72 (1%) casos suspeitos estão em investigação pelos municípios. Os números constam do boletim nº 27 sobre dengue, zika e chikungunya em Santa Catarina.
Do total de casos confirmados (4.331) até o momento, 3.967 (92%) são autóctones, com transmissão dentro de Santa Catarina, 266 (6%) são importados (transmissão fora do Estado) e 98 (2%) estão aguardando definição do Local Provável de Infecção (LPI).
Casos notificados de dengue, segundo classificação. Santa Catarina, 2016.
Classificação |
Casos |
% |
Confirmados |
4.331 |
33 |
Autóctones |
3.967 |
92 |
Importados |
266 |
6 |
Em investigação de LPI |
98 |
2 |
Inconclusivos |
682 |
5 |
Descartados |
7.860 |
61 |
Suspeitos |
72 |
1 |
Total Notificados |
12.945 |
100 |
Fonte: SINAN On-line (com informações até o dia 20/8/2016).
Até o momento, conforme informações sobre o Local Provável de Infecção (LPI) existe confirmação de transmissão autóctone de dengue em 26 municípios de Santa Catarina: Balneário Camboriú, Bom Jesus, Brusque, Caibi, Chapecó, Coronel Freitas, Descanso, Florianópolis, Guaraciaba, Guatambu,Itajaí, Joinville, Itapema, Itapoá, Maravilha, Modelo, Nova Itaberaba, Palmitos, Pinhalzinho, São José do Cedro, São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Saudades, Serra Alta, União do Oeste e Xanxerê. Em relação ao boletim anterior,o município de Nova Itaberaba confirmou transmissão autóctone dedois casos, com início dos sintomas em abril, que estavam aguardando a investigação do Local Provável de Infecção (LPI).
O município de Pinhalzinho apresenta o maior número de casos autóctones (2.414) no estado, com uma taxa de incidência de 12.911,9 casos por 100 mil habitantes. Além de Pinhalzinho, Serra Alta possui uma taxa de incidência de 4.589,4casos por 100 mil habitantes, Bom Jesus 2.977,7 por 100 mil/hab, Coronel Freitas 1.548,9 por 100 mil/hab,Descanso 1022,9 por 100 mil/hab, Modelo 455,7 por 100 mil/hab, Chapecó 380,0por 100 mil/hab e União do Oeste333,3 casos por 100mil/hab. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o nível de transmissão epidêmico quando a taxa de incidência é maior de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes.
Casos autóctones de dengue segundo Local Provável de Infecção (LPI). Santa Catarina, 2016.
Municípios |
Casos |
% |
Pinhalzinho |
2414 |
60,9 |
Chapecó |
782 |
19,7 |
Coronel Freitas |
158 |
4,0 |
Serra Alta |
152 |
3,8 |
Descanso |
87 |
2,2 |
Bom Jesus |
84 |
2,1 |
Itajaí |
69 |
1,7 |
São Miguel do Oeste |
39 |
1,0 |
Balneário Camboriú |
36 |
0,9 |
Xanxerê |
20 |
0,5 |
Modelo |
19 |
0,5 |
Itapema |
14 |
0,4 |
Saudades |
13 |
0,3 |
Florianópolis |
11 |
0,3 |
Maravilha |
9 |
0,2 |
União do Oeste |
9 |
0,2 |
São José do Cedro |
6 |
0,2 |
Guaraciaba |
6 |
0,2 |
Caibi |
4 |
0,1 |
Palmitos |
4 |
0,1 |
São Lourenço do Oeste |
3 |
0,1 |
Brusque |
3 |
0,1 |
Guatambu |
2 |
0,1 |
Nova Itaberaba |
2 |
0,1 |
Joinville |
2 |
0,1 |
Itapoá |
1 |
0,0 |
Indeterminado |
18 |
0,5 |
Total |
3967 |
100 |
Fonte: SINAN On-line (com informações até o dia 20/8/2016).
O acompanhamento dos casos por semana epidemiológica (SE) mostra que o maior número de casos autóctones confirmados (490) ocorreu na SE 09 (28 de fevereiro a5 de março). A partir da SE 20 (15 a 21 de maio),o número de casos – tanto os notificados quanto os confirmados, vem diminuindo substancialmente em todo o estado.
Em comparação ao último boletim, foram contabilizados cinco novos casos autóctones de dengue. Desses, três estavam pendentes, sendo confirmados nos meses de janeiro a abril, e aguardavam a definição do local provável de infecção (LPI). No entanto, dois casos apresentaram inícios dos sintomas na semana 29 (17 a 23 de julho), residentes nos municípios de Chapecó e Pinhalzinho, o que ressalta a importância das ações de controle do Aedes aegypti, mesmo nos meses de frio.
Além do óbito por dengue grave registrado em um paciente de 37 anos, residente em Chapecó, no dia 13 de março, o estado registrou um segundo óbito de um paciente de 103 anos, residente em Pinhalzinho, no dia 27 de abril.
Casos de dengue segundo classificação final e SE de início dos sintomas – SC, 2016.
Total 2016: 12.945 (Atualizado em 20/8/2016)
Comparação de casos notificados, autóctones e focos em 2015 e 2016:
Em Santa Catarina, no ano de 2016, até Semana Epidemiológica 33 o número de casos notificados de dengue (12.945 casos) está acima do registrado no mesmo período em 2015 (9.981 casos), representando um aumento de 23% no registro de um ano para outro. Já em relação aos casos autóctones, em 2016, também considerando até a SE 33, foram confirmados 3.967 casos, enquanto que no mesmo período em 2015 haviam sido confirmados 3.271 casos, representando um aumento de 18% no número de casos autóctones confirmados de um ano para outro.
Em relação aos focos do mosquito Aedes aegypti, em 2016, até a SE 33 foram identificados 6.165 focos, em 131municípios. Neste mesmo período em 2015, tinham sido identificados 5.609 focos em 109 municípios.
Em comparação ao boletim nº 26, divulgado há duas semanas, houve um aumento de 39 focos do mosquito, detectados em 15 municípios. Apesar da redução, mesmo nos meses de frio, o mosquito pode se reproduzir, e consequentemente transmitir os três tipos da doença.
Atualmente há 50 municípios considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti: Anchieta, Balneário Camboriú, Bom Jesus, Caçador, Camboriú, Campo Erê, Catanduvas, Chapecó, Cordilheira Alta, Coronel Freitas, Coronel Martins, Cunha Porã, Descanso, Florianópolis, Guaraciaba, Guarujá do Sul, Itajaí, Itapema, Itapiranga, Ipuaçu,Joinville, Jupiá, Maravilha, Modelo, Nova Erechim, Nova Itaberaba, Novo Horizonte, Palma Sola, Palmitos, Passo de Torres, Pinhalzinho, Planalto Alegre, Princesa, Porto União, Quilombo, São Bernardino, São Carlos, São Domingos, São José, São José do Cedro, São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Santo Amaro da Imperatriz, Saudades, Seara, Serra Alta, Sul Brasil, União do Oeste, Xanxerê e Xaxim (Figura 5).Em comparação ao último boletim, houve a inclusão do município de Ipuaçu.
A definição de infestação é realizada de acordo com a disseminação e manutenção dos focos.
Casos notificados de dengue, segundo Semana Epidemiológica de início dos sintomas. Santa Catarina, 2015-2016.
Total 2015: 11.333
Total 2016: 12.945
(Atualizado em 20/08/2016)
Casos confirmados de dengue autóctones, segundo Semana Epidemiológica de início dos sintomas. Santa Catarina, 2015-2016.
Total 2015: 3.281
Total 2016:3.967
(Atualizado em 20/8/2016)
Focos identificados de Aedes aegypti, segundo Semana Epidemiológica. Santa Catarina, 2015-2016.
Total 2015: 7.249
Total 2016: 6.126
(Atualizado em 20/8/2016.)
Febre de chikungunya
No período de 1º de janeiro a 20 de agosto de 2016, foram notificados 790 casos suspeitos de febre de chikungunya em Santa Catarina. Desses, 80 (10%) foram confirmados (76pelo critério laboratorial e 04 pelo critério clínico-epidemiológico), 53 (7%) estão inconclusivos, 602 (76%) foram descartadose 55 (7%) permanecem como suspeitos.
Do total de casos confirmados (80) até o momento, 70 (88%) são importados (transmissão fora do estado), quatro (5%) são autóctones (transmissão dentro do estado) e seis (7%) estão aguardando definição do Local Provável de Infecção (LPI). Em comparação ao boletim 26, foram registrados mais dois casos importados, com residência em Braço do Trombudo (infecção em Alagoas) e Joinville (infecção em Pernambuco).
Tabela 3: Casos de febre de chikungunya segundo classificação.Santa Catarina, 2016.
Classificação |
Casos |
% |
Confirmados |
80 |
10 |
Autóctones |
4 |
5 |
Importados |
70 |
88 |
Em investigação de LPI |
6 |
7 |
Inconclusivos |
53 |
7 |
Descartados |
602 |
76 |
Suspeitos |
55 |
7 |
Total Notificados |
790 |
100 |
Fonte: SINAN NET e SINAN On-line(com informações até o dia 20/8/2016).
Casos confirmados de febre de chikungunya segundo classificação, município de residência e local provável de infecção (LPI). Santa Catarina, 2016. |
|||||
Municípios de Residência SC |
Nº de casos em Investigação de LPI |
Nº de casos importados |
Nº de casos autóctones |
Local Provável de Infecção (LPI) |
|
Araranguá |
1 |
1 Minas Gerais |
|||
Balneário Piçarras |
1 |
1 Pernambuco |
|||
Biguaçu |
1 |
1 Pernambuco |
|||
Blumenau |
5 |
2 Bahia, 2 Paraíba, 1 Rio Grande do Norte |
|||
Braço do Norte |
2 |
1 Pernambuco, 1 Rio de Janeiro |
|||
Braço do Trombudo |
1 |
1 Alagoas |
|||
Brusque |
1 |
3 |
3 Bahia |
||
Caibi |
1 |
1 Mato Grosso do Sul |
|||
Chapecó |
1 |
1 |
1 Pernambuco, 1 Chapecó/SC |
||
Descanso |
1 |
1 Maranhão |
|||
Florianópolis |
1 |
12 |
2 Alagoas, 3 Bahia, 3 Rio de Janeiro, 3 Pernambuco, 1 Rio Grande do Norte |
||
Guaraciaba |
2 |
2 Guaraciaba/SC |
|||
Ilhota |
1 |
1 Rio Grande do Norte |
|||
Itajaí |
6 |
4 Pernambuco, 1 Bahia, 1 Rio de Janeiro |
|||
Itapema |
1 |
1 Alagoas |
|||
Jaraguá do Sul |
3 |
1 Alagoas, 1 Pernambuco, 1 Sergipe |
|||
Joinville |
1 |
5 |
1 Ceará, 3 Pernambuco, 1 Sergipe |
||
Lacerdópolis |
1 |
1 Maranhão |
|||
Laguna |
2 |
1 Pernambuco, 1 Rio de Janeiro |
|||
Mafra |
3 |
3 Rio Grande do Norte |
|||
Massaranduba |
1 |
||||
Orleans |
1 |
1 Pernambuco |
|||
Penha |
1 |
1 Rio de Janeiro |
|||
Porto União |
4 |
3 Rio de Janeiro, 1 Paraná |
|||
Salto Veloso |
4 |
4 Pernambuco |
|||
São José |
1 |
4 |
2 Bahia, 1 Pernambuco. 1 Rio de Janeiro |
||
São Miguel do Oeste |
1 |
1 |
1 São Paulo, 1 São Miguel do Oeste/SC |
||
Schroeder |
1 |
1 Pernambuco |
|||
Serra Alta |
1 |
1 Bahia |
|||
Tubarão |
1 |
1 |
1 São Paulo |
||
Xanxerê |
1 |
1 Rio de Janeiro |
|||
Total |
6 |
70 |
4 |
Fonte: SINAN NET e SINAN On-line (com informações até o dia 20/8/2016).
Em 2015, foram notificados 134 casos suspeitos de chikungunya, dos quais oito (6%) foram confirmados, 98 (73%) foram descartados e 28 (21%) permanecem inconclusivos. Do total de oito casos confirmados, um foi autóctone do município de Itajaí e outros sete foram importados de outros estados.Esses casos foram identificados em Blumenau, Cunha Porã, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joinville e São José.
Zika vírus
No período de1 de janeiro a 20 de agostode 2016 foram notificados 446 casos suspeitos de febre do zika vírus em Santa Catarina. Desses, 56 (13%) foram confirmados (37pelo critério clínico-epidemiológico e 19pelo critério laboratorial), 34 (7%) estão inconclusivos, 343 (77%) foram descartados e 13 (3%) permanecem em investigação.
Do total de casos confirmados (56) até o momento, 46 (82%) são importados (transmissão fora do estado), sete (13%) são autóctones, com transmissão dentro de Santa Catarina e três (5%) estão aguardando definição do Local Provável de Infecção (LPI).
Casos de Febre do zika vírus, segundo classificação. Santa Catarina, 2016.
Classificação |
Casos |
% |
Confirmados |
56 |
13 |
Autóctones |
7 |
13 |
Importados |
46 |
82 |
Em investigação de LPI |
3 |
5 |
Inconclusivos |
34 |
7 |
Descartados |
343 |
77 |
Suspeitos |
13 |
3 |
Total Notificados |
446 |
100 |
Fonte: LACEN/SINAN NET (com informações até o dia 20/8/2016).
Casos confirmados de febre do zika vírus segundo classificação, município de residência e local provável de infecção (LPI). Santa Catarina, 2016.
Municípios de Residência SC |
Nº de casos em Investigação de LPI |
Nº de casos importados |
Nº de casos autóctones |
Local Provável de Infecção (LPI) |
|
Armazém |
|
1 |
|
1 Rio de Janeiro |
|
Balneário Camboriú |
1 |
1 Mato Grosso |
|||
Belmonte |
1 |
1 Mato Grosso |
|||
Blumenau |
2 |
2 Rio de Janeiro |
|||
Braço do Norte |
1 |
1 Sergipe |
|||
Brusque |
1 |
1 Mato Grosso |
|||
Camboriú |
2 |
2 Mato Grosso |
|||
Chapecó |
2 |
2 |
2 Mato Grosso, 2 Chapecó/SC |
||
Coronel Freitas |
1 |
1 |
1 Mato Grosso, 1 Coronel Freitas/SC |
||
Cunha Porã |
1 |
1 Mato Grosso |
|||
Florianópolis |
1 |
12 |
1 Alagoas, 2 Mato Grosso, 1Mato Grosso do Sul, 1 Minas Gerais, 5 Rio de Janeiro, 2 São Paulo |
||
Guaraciaba |
2 |
2 Guaraciaba/SC |
|||
Indaial |
1 |
1 Ceará |
|||
Ipuaçu |
2 |
2 Mato Grosso |
|||
Itajaí |
1 |
1 |
1 Rondônia |
||
Jaguaruna |
1 |
1 São Paulo |
|||
Joinville |
1 |
1 Rio de Janeiro |
|||
Luís Alves |
1 |
1 São Paulo |
|||
Maravilha |
1 |
1 Mato Grosso do Sul |
|||
Palhoça |
1 |
||||
Paraíso |
1 |
1 Mato Grosso |
|||
Penha |
1 |
1 Penha/SC |
|||
Pomerode |
1 |
1 Ceará |
|||
São Francisco do Sul |
1 |
1 Pernambuco |
|||
São João do Sul |
1 |
1 Rondônia |
|||
São José |
3 |
1 Rio de Janeiro, 2 Paraná |
|||
São José do Cedro |
1 |
1 São José do Cedro/SC |
|||
Tigrinhos |
1 |
1 Mato Grosso |
|||
Tubarão |
2 |
1 Mato Grosso, 1 Rio Grande do Norte |
|||
Urussanga |
1 |
Indeterminado importado |
|||
Videira |
1 |
1 Mato Grosso do Sul |
|||
Xanxerê |
1 |
1 Mato Grosso |
|||
Total |
3 |
46 |
7 |
Fonte: LACEN/SINAN NET (com informações até o dia 20/8/2016).
No ano de 2015 foram notificados 80 casos de febre do zika vírus, dos quais 10 foram confirmados pelo critério clínico-epidemiológico, sendo todos importados de outros estados (residentes em Itapema, Laguna, Florianópolis, Bombinhas, Gaspar e Pomerode), e 70 foram descartados.
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