Governo do Estado investe em equipamentos para saúde nos municípios

Pensando em agilizar e aperfeiçoar o atendimento em saúde nos municípios o Governo do Estado está investindo na aquisição de tecnologia, equipamentos e capacitação para telediagnóstico em dermatologia. Mais de 150 municípios já possuem esse equipamento e trabalham com a telemedicina, e agora, nesta última etapa, os restantes serão contemplados. Na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional (SDR) Videira cinco municípios serão beneficiados: Iomerê, Arroio Trinta, Salto Veloso, Pinheiro Preto e Tangará.
Para o secretário Dorival Carlos Borga, mais importante que os recursos empregados serão os benefícios gerados com a implantação dos mesmos “O Governo do Estado repassa, sem custo e contrapartida, aos municípios um composto que custa em torno de R$ 2 mil, mais o investimento em tecnologia e protocolos efetuados, no entanto, o retorno ao paciente é muito mais expressivo, dando celeridade e eficiência ao atendimento e principalmente, otimizando os recursos públicos” afirmou.
Durante a reunião, o gerente operacional de telemedicina da Secretaria de Estado da Saúde, Harley Wagner, apresentou a ferramenta e informou os procedimentos aos representantes das secretarias municipais. Segundo meta da Gerência de Saúde, até sexta-feira, dia 24, será remetida as informações e a implantação do conjunto e a capacitação dos profissionais que irão operar a máquina.
O telediagnóstico é uma prática no Estado desenvolvida há quase 10 anos e que possui resultados significativos. Por meio desse sistema, as Secretarias Municipais recebem um conjunto, composto por câmara fotográfica, lente adaptada e um dermatoscópio e realizam na própria Unidade Básica de Saúde, um registro do problema de pele apresentado pelo paciente. Essas imagens são encaminhadas para o Portal do Sistema de Telemedicina e Telessaúde (STT), onde médicos especializados emitem um laudo determinando a classificação de risco e a conduta médica. O laudo fica pronto em 72 horas.
Com base no resultado deste laudo é determinada a ação. Se o resultado for branco não é evidenciada nenhuma anomalia; se o resultado for azul, a indicação é que o tratamento ocorra na própria Unidade Básica de Saúde, sendo que a conduta médica, com as instruções que devem ser tomadas é encaminhada paralelamente. Se as cores foram verde ou amarela o procedimento é ambulatório e a necessidade é de um encaminhamento para o médico especializado. Vermelho é a última classificação e aponta emergência, devendo o encaminhamento ser o mais rápido possível.
Para o gerente operacional Harley Wagner, o procedimento dá celeridade, otimiza recursos e torna mais eficiente o atendimento. Segundo ele, no ano passado, dos seis mil laudos emitidos, 75% deram classificação branca, ou seja, sem nenhum problema existente. “Esses casos, sem o tele diagnóstico eram todos encaminhados para atendimento de especialista, o que ampliava a fila de espera, encarecia o sistema e principalmente gerava transtornos aos municípios que não possuíam essa especialidade, tendo que encaminhar o paciente via tratamento fora de domicílio (TFD), aumentando ainda mais os custos” afirmou o gerente ressaltando que com essa ferramenta a fila de espera para dermatologia reduziu e se tornou muito mais efetiva.
O telediagnóstico já é aplicado em eletrocardiograma. No estado, 100% dos municípios possuem o equipamento para diagnóstico a distância. A tecnologia utilizada neste procedimento é desenvolvida por meio de uma parceria da Universidade Federal de Santa Catarina e o Governo do Estado. A perspectiva da Secretaria de Estado da Saúde é que o tele diagnóstico em dermatologia também contemple todos os municípios de Santa Catarina.
Antes o paciente apresentava uma mancha de pele e era encaminhado para o especialista, muitas vezes o dermatologista exigia um exame, prolongando o atendimento. Com esse sistema, já há um laudo e na conduta médica já é solicitado os exames complementares necessários, tornando o encaminhamento, caso necessário, mais rápido e muito mais eficiente, beneficiando o paciente e também os municípios e o Estado com a redução dos custos aplicados” finaliza o gerente de saúde, Gean Carlos Farinon Flores de Matias.
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