Um antigo sonho de produtores rurais da Serra catarinense está prestes a se tornar realidade. Foi apresentado na tarde desta sexta-feira, 13, em Lages, o projeto da rodovia estadual que será implantada na Coxilha Rica, uma região promissora nos campos do agronegócio, da geração de energia elétrica e do turismo no Sul do Brasil.

>>> Imagens para download na galeria

De autoria da Azimute Consultoria e Projetos de Engenharia, com sede em Joinville e contratada pela Secretaria do Desenvolvimento Regional de Lages, o projeto custou R$ 1,4 milhão e demorou um ano para ser elaborado.

Quatro premissas foram determinadas à empresa pela SDR: seguir o traçado da estrada já existente e fazer as correções necessárias conforme as normas técnicas do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra); preservar os corredores de taipas, um dos patrimônios históricos e culturais da região; fazer melhorias nas pontes sobre os rios e melhorar as interseções existentes e implantar novas onde for necessário.

Pontes antes, asfalto depois

Todo o projeto de implantação e pavimentação asfáltica da rodovia, que será denominada de SC-390, prevê 42 quilômetros e tem um custo orçado em R$ 82,1 milhões. No entanto, as obras serão divididas em etapas.

A primeira, de R$ 4,3 milhões, consiste na construção de três novas pontes sobre os rios Sanga Tatetos, Pelotinhas e Arroio Penteado. Para estes serviços, o secretário do Desenvolvimento Regional de Lages, João Alberto Duarte, prevê que o edital de licitação seja lançado ainda em fevereiro, com os trabalhos iniciando cerca de dois meses depois e previsão de término em um ano.

Imagem divulgação / Azimute Consultoria e Projetos de Engenharia

Paralelamente, será lançado o edital para implantação e pavimentação da rodovia num trecho de 27 quilômetros partindo da BR-116, na localidade de Vigia. Esta parte custará R$ 46,7 milhões e deve ficar pronta em dois anos.

As duas primeiras etapas somarão R$ 51 milhões e corresponderão a 62% de todo o projeto. As demais etapas, que levarão o asfalto até a localidade de Bodegão (acesso à futura Usina Paiquerê), passando por Escurinho e São Jorge, serão executadas na sequência, mas ainda sem prazos definidos.

“A construção dessa rodovia na Coxilha Rica é um sonho de muita gente. Trata-se de um momento muito importante para a história de Lages e região”, disse o secretário João Alberto Duarte.

“Eu não acreditava que iria ver em vida o asfalto na Coxilha Rica. Que essa obra saia o quanto antes”, exaltou o procurador da República em Lages, Nazareno Jorgealém Wolff, um dos maiores entusiastas do projeto. 

Dados gerais da nova rodovia

* Largura da pista: 6,5 metros (7 metros nos trechos urbanos)

* Largura do acostamento: 1,5 metro

* Largura da calçada nos trechos urbanos: 1,5 metro

* Velocidade de referência: 60 km/h (40 km/h nos trechos urbanos)

* Implantação de três trechos urbanos na igreja da Vigia, em São Jorge e no Bodegão

* Largura da faixa de domínio do Deinfra: 40 metros no total

* Implantação de passa-fauna e passa-gado ao longo do trecho

* Paradas de ônibus a cada 1,5 km com abrigos nos trechos urbanos

* Das cinco pontes existentes, três serão novas (Sanga Tatetos, Rio Pelotinhas e Arroio Penteado)