Cura do câncer de mama em SC chega a 86%, índice de países como Estados Unidos e Inglaterra
No mês de conscientização sobre a prevenção do câncer de mama e do Movimento Outubro Rosa, o Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon) destaca índice de 86% de cura entre suas pacientes. Patamar equiparado ao de países como Inglaterra e Estados Unidos. Na tarde de terça-feira, dia 13, servidores da Secretaria de Desenvolvimento Regional de Itapiranga vestiram camisetas na cor alusiva à campanha. A ação contempla uma determinação da Coordenadoria Estadual da Mulher, órgão ligado ao Governo do Estado. No âmbito das SDRs o trabalho de mobilização junto aos municípios é coordenado pelas gerências de Assistência Social, Trabalho e Habitação.
Registros do Instituto Nacional do Câncer (Inca) revelam ser o câncer de mama o tipo mais comum da doença entre as mulheres no mundo e no Brasil, respondendo por cerca de 25% de casos novos a cada ano. A instituição projeta para 2015 o surgimento de 57.120 novos casos no país.
Conforme a gerente de Assistência Social, Trabalho e Habitação da SDR Itapiranga, Camylle Schäfer, o câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos casos. Segundo ela, dados estatísticos apontam que o diagnóstico precoce aumenta em 90% as chances de cura.
O Outubro Rosa propõe justamente uma reflexão sobre importância da prevenção do câncer de mama. De acordo com o Inca, a doença é muito rara antes dos 35 anos, acima dessa idade sua incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos. A recomendação do Ministério da Saúde é que a mamografia deve ser feita a cada dois anos a partir dos 50 até os 69 anos, pelo menos. O médico reforça que o auto-exame faz parte do cuidado da mulher, mas o exame clínico é essencial.
O câncer de mama não tem uma causa única. Diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença como: idade, fatores endócrinos/história reprodutiva, comportamentais/ambientais e genéticos/hereditários.
A principal manifestação da doença é o nódulo, fixo e geralmente indolor. O nódulo está presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher. Outros sinais e sintomas são: pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito (mamilo); pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço; e saída de líquido anormal das mamas.
No Cepon, 1.385 mulheres estão em tratamento (recebendo medicação e realizando pequenos procedimentos). Outras 1.415 fazem acompanhamento de rotina por meio de avaliações contínuas que podem ser semestrais ou anuais. Somente após cinco anos sem nenhuma evidência da doença a cura é considerada e as chances de recidiva tornam-se muito pequenas.
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Vandro Luís Welter
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