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Escolas da SDR Itapiranga trabalham a Inclusão e Educação Especial

A acessibilidade é um direito humano que está em evidência e emergência na atualidade. Já não se podem dissociar dois conceitos fundamentais: acessibilidade e inclusão. O direito à educação é princípio constitucional e isso também se aplica aos alunos com necessidades especiais. No ano letivo de 2014, foram atendidos na Regional de Itapiranga, no Extremo-Oeste, 32 alunos com deficiência com segundo professor de turma, três com professor intérprete de Libras (Linguagem Brasileira de Sinais), e 46 alunos de Saede (Serviço de Atendimento Educacional Especializado).

 

De acordo com o integrador de Educação Especial e Diversidades da Gerência Regional de Educação de Itapiranga, Nestor João Schneider, o número de alunos, incluídos no atendimento em classe, vem crescendo anualmente.

Inseridos na Rede Regular, os alunos especiais têm direito de estudar em um ritmo diferente, de acordo com a necessidade de cada um. Em alguns casos, além das aulas regulares, os alunos especiais também frequentam as salas com recursos multifuncionais (Saede’s), que objetivam o desenvolvimento mental e motor.  Na SDR Itapiranga, existem salas na EEB São Vicente e EEB Humberto Machado, de Itapiranga; EEB Madre Benvenuta, de São João do Oeste; EEB Pe. Balduíno Rambo, em Tunápolis; e na Apae de Iporã do Oeste.

Todos os alunos com deficiência precisam apresentar laudo médico, em que conste a Classificação Internacional de Funcionalidade, que atesta o grau da deficiência. Ao contrário do que ocorria no passado, em que todos eram enviados às Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes), hoje somente aqueles com comprovada deficiência severa e profunda é que frequentam a entidade.

A importância do Saede

O Serviço de Atendimento Educacional Especializado (Saede) é uma atividade de caráter pedagógico, prestado por profissional da Educação Especial, voltado ao atendimento das especificidades dos alunos com deficiência, condutas típicas ou com altas habilidades, matriculados na Rede Regular de Ensino. A frequência dos alunos nas salas de Saede pode ser feito no mesmo período de frequência na instituição de ensino ou no contra-turno.  

A SDR Itapiranga tem disponível o Saede/DA, especializado na Área da Deficiência Auditiva, o Saede/DM para a Área da Deficiência Mental, e Saede/DV, especializado na Área da Deficiência Visual.

Hoje, o Saede atende 13 alunos entre DA, DV e DM na EEB Pe. Balduíno Rambo, de Tunápolis. “Há quase 10 anos, eu me dedico na área da Educação Especial e o princípio não foi fácil. Aos poucos, vi que precisava somente trabalhar com amor, dedicação e, principalmente, acreditar que eles são capazes, como qualquer outro ser; apenas o seu tempo é diferente dos demais”, relatou a professora Lorini Alban.

Um dos alunos atendidos pelo Saede de Tunápolis é o cadeirante Yuri Wilges, que está na 2º série do Ensino Médio. Segundo a professora Rosemeri Matte, o aluno demonstra grande vontade e interesse em estudar e aprender. “Ele é uma referência aos demais colegas. Yuri está sempre disposto ao que lhe é proposto”, afirmou a educadora.

Outra aluna é Rafaella Casanova Santos, que estuda no Ensino Regular na Escola Estadual de Santa Helena, no 6º ano, e no contra turno frequenta, duas vezes por semana, o Saede-DM na EEB Pe. Balduíno Rambo. Ela tem deficiência mental moderada, associada à dislexia.

Na sala de aula, a menina é muito elogiada pelos colegas. “Rafaella tem muito a contribuir com seus colegas, a começar pelo espírito de liderança, a vontade que demonstra em participar das aulas quase que todos os dias, o empenho na realização das atividades propostas, seu respeito para com o outro, e sua espontaneidade e alegria, que por vezes contagia”, disse a professora Leoni Scheren Mombach.

{article Márcia Welter – SDR Itapiranga}{text}{/article}