Campanha de identificação do Tracoma é realizado em Itapiranga
Alunos de cinco a nove anos de idade, de quatro escolas de Itapiranga e das escolas municipais Esperança, Bela Vista e Funei, participaram, na última quinta-feira, 16, da campanha de identificação e prevenção do tracoma. Trata-se de uma doença nos olhos, causada pela bactéria Chlamydia Trachomatis, que ocorre principalmente em crianças. Esta é uma ação de parceria entre o Ministério da Saúde, o Estado de Santa Catarina, as gerências de Saúde das 36 Secretarias de Desenvolvimento Regional e os municípios. No Estado, ficou definida a visita anual a escolas de municípios de fronteira ou com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Na SDR Itapiranga, os municípios definidos são Itapiranga e Santa Helena, que já foi visitada. As agentes Inaci Pedersetti e Dila Pozzatti, da Gerência de Saúde de São Miguel do Oeste, são treinadas e percorrem todos os municípios previamente determinados da região do Extremo Oeste catarinense. Em Itapiranga, estiveram acompanhadas pela técnica de enfermagem da Gerência de Saúde, Giliane Giehl. Novas visitas estão marcadas para os dias 23 de outubro e 19 de novembro, para abranger todas as escolas do município.
Segundo Dila, o objetivo da visita foi fazer o diagnóstico da doença e também oferecer o tratamento, uma vez que todas as crianças com tracoma já receberam, na própria escola, uma dose única de antibiótico. “O tracoma é uma doença transmissível muito antiga e que pode, a longo prazo, prejudicar a visão, provocando até cegueira. Alguns sintomas da doença são semelhantes aos da conjuntivite, como olhos vermelhos, irritados, lacrimejantes e com secreção; coceira na região ocular; sensação de areia nos olhos; e intolerância à luz”.
A transmissão ocorre quando se entra em contato com a secreção dos olhos de uma pessoa infectada. Também não devem ser compartilhadas toalhas, lenços e objetos de uso pessoal. Outra dica de prevenção é lavar as mãos e o rosto com água corrente e sabonete várias vezes ao dia.
Dila comentou que o controle da doença começou a ser feito no Estado de Santa Catarina em 2006, após ser constatado que o índice de tracoma entre as crianças era de 13%, sendo que o admitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é um índice de 5%.
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