Falando na Mesa Redonda realizada nesta quinta-feira, 17, em Rio do Sul, no auditório do IFC – Instituto Federal Catarinense, o pesquisador da Epagri da Estação Experimental de Ituporanga, Claudinei Kurtz, apresentou um histórico que aponta um retrocesso na prática de conservação de solos na região.

Em sua palestra, Kurtz fez um histórico da questão, desde os anos 80, destacando que na década de 90, com o Programa Microbacias I, foi dada uma atenção especial à conservação dos solos, onde se chegou a 60 por cento o sistema de plantio direto em algumas culturas, apontando como uma destas a cebola, cultivada na região de Ituporanga.

Porém, nos últimos anos, quando a questão da conservação de solos deixou de ser prioridade, a prática regrediu, causando grandes prejuízos aos agricultores e também a economia, com a degradação dos solos e redução da produtividade.

O problema é que a falta de conservação também acaba contribuindo para assorear os rios e agravar os problemas com as enchentes. Por isso, falando em desafios e perspectivas, ele defendeu ações integradas na área de manejo e conservação dos solos; poder público comprometido com a questão; pesquisas desenvolvendo novas tecnologias e máquinas para o setor; extensão rural estruturada e capacitada; além de mecanismos de fomento para sensibilizar os agricultores.

A Mesa Redonda também teve a participação da Defesa Civil do Estado, que mostrou como vem sendo estruturado o setor para atender as demandas; o Agroconnect, que atua na área agrícola para atender as demandas do setor de meteorologia; e o monitoramento hidrológico, por pesquisadores da Epagri/Ciram.

A coordenação dos trabalhos esteve a cargo da Gerência Regional de Epagri de Rio do Sul, através do gerente Cesar Augusto Lodi. Vale destacar no evento, a presença de extensionistas da Epagri, membros da Defesa Civil de Rio do Sul e região e também da prefeita de Mirim Doce, Maria Kestring Liebsch. 

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