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Gerência de Saúde da SDR Ibirama pretende desenvolver projeto em relação a tuberculose nas comunidades indígenas da região

O Comitê para o Controle da Tuberculose em Santa Catarina, realizou a oficina “Experiências Municipais e divulgação da Tuberculose” na cidade de Florianópolis, nos dias 10 e 11 de agosto deste ano, sob a coordenação da presidente do Comitê/SC Nardele Juncks e presença do gerente de Saúde da 14ª SDR Ibirama, Amarildo José Moser, onde foram abordados vários temas sobre o assunto.

Preocupado com os indígenas da Regional de Ibirama, o gerente de Saúde, com o apoio do secretário Regional da 14ª SDR Ibirama, Nelson Virtuoso e a gerente de Assistência Social Trabalho e Habitação, Márcia Kaiser, está articulando o desenvolvimento de um projeto para prevenção e controle da tuberculose e doenças infecto-contagiosas de Agravos e Notificações desta população.

“Precisamos primeiramente, reunir os líderes das aldeias existentes em nossa região, levando a eles informações pertinentes de saúde e doença, demonstrando a nossa preocupação com a etnia e a continuação da mesma”, enfatizou o gerente.

A idéia da realização do Projeto veio após a leitura de um artigo científico sobre uma pesquisa Tuberculose no Brasil, analisada pelo pesquisador Paulo Victor de Sousa Viana, da Ensp/Fiocruz, onde  evidenciou que os indígenas são as maiores vítimas de tuberculose no Brasil, ficando à frente dos negros, amarelos, pardos e brancos.

Segundo a pesquisa realizada em 2011, foram diagnosticados 104 casos de indígenas para cada 100.000 habitantes, um aumento de 10% em relação a 2008. A análise teve como fonte de dados os casos novos de TB notificados pelo sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). D

De acordo com os dados, a tuberculose atinge predominantemente indivíduos de sexo masculino, na faixa etária entre 20 e 44 anos, em todas as macrorregiões. Foi extremamente preocupante a elevada proporção de casos entre crianças indígenas, menores de 10 anos, em todas as localidades, sendo proporcionalmente até seis vezes maior na comparação com as crianças das outras categorias raça/cor.

O estudo concluiu que as taxas de incidência de tuberculose parecem estar mais estreitamente relacionadas com os determinantes sociais e econômicos, tais como índice de desenvolvimento humano, o acesso ao saneamento básico e mortalidade infantil do que simplesmente o sucesso do Tratamento Diretamente Observado, pois as taxas de incidência de tuberculose distribuem-se de maneira bastante heterogênea ao longo do país, sendo registradas importantes disparidades regionais e étnico-raciais.

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