Governo do Estado entrega kits de telediagnóstico em dermatologia para aregião
Dez cidades pertencentes à 21ª Secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional de Criciúma receberam na manhã desta quarta-feira, 24, um kit de telediagnóstico em dermatologia. A entrega e o treinamento do equipamento aconteceram na ACIC, com a presença do secretário de Estado da Saúde, João Paulo Kleinubing. Com o aparelho, os municípios farão triagem de casos antes de encaminhar as situações para a fila de espera da especialidade.
Receberam os kits os municípios de Balneário Rincão, Içara, Morro da Fumaça, Cocal do Sul, Urussanga, Siderópolis, Treviso, Lauro Muller, Forquilhinha e Nova Veneza. Criciúma e Orleans já haviam recebidos os kits na etapa anterior do programa de Telediagnóstico, fazendo com que todos os municípios da 21ª SDR sejam contemplados.
De acordo com um dos responsáveis pelo setor de apoio operacional da Coordenação de Telemedicina da Secretaria de Estado da Saúde, Ascendino Roberto dos Santos, esta é uma das ofertas para qualificação. “Os kits contam com uma máquina fotográfica, um dermatoscópio e um adaptador. Com a ferramenta, e através da internet, é possível saber o laudo do caso, para analisar, já na unidade de saúde, se há necessidade de a pessoa ir para a fila de espera por uma consulta com dermatologistas, ou se a situação pode ser resolvida no local”, explica.
Em quase 10 anos de serviço, a triagem dos encaminhamentos por atendimento em dermatologia pela Telemedicina tem diminuído a fila em aproximadamente 65%. “Isto significa menos tempo de espera e maior eficiência e mais eficácia da unidade básica. A qualificação do encaminhamento é importante porque existe muita gente na fila que não precisaria estar lá”, completa Santos.
A meta de implantação do Governo do Estado é alcançar a cobertura de pelo menos um ponto de envio de exames por município. “Doenças como o câncer de pele poderão ser identificadas ainda nas unidades de saúde, e com isso, tratadas com mais celeridade. Assim, as filas diminuirão e, por consequência, as pessoas conseguirão ganhar mais qualidade de vida”, argumenta a gerente Regional de Saúde, Lisiane Tuon.
Entenda o telediagnóstico em dermatologia
O telediagnóstico em dermatologia é uma ferramenta que tem comprovada eficiência e eficácia para qualificação de encaminhamentos ao atendimento especializado em saúde. Os kits contam com uma máquina fotográfica, um dermatoscópio e um adaptador. Além disso, o Estado disponibiliza o Sistema de Telemedicina e Telessaude (STT), ferramenta web pelo qual a rede de telediagnóstico se viabiliza.
O telediagnóstico é composto de três etapas: solicitação do exame, execução e laudo. A unidade básica faz a solicitação e a execução dos exames. Estes são disponibilizados por meio do STT ao especialista que, no caso da teledermatologia, emite o laudo, a conduta clínica e a classificação de risco. Com isso, a atenção básica tem meios para identificar a real necessidade do paciente por atendimento especializado. Se for necessário, irá ser inserido para agendamento, via regulação com a devida identificação da classificação de risco.
A telemedicina em quase 10 anos de serviço, tem em sua base mais de quatro milhões de exames, sendo 8.052 laudos em dermato. Esta triagem dos encaminhamentos por atendimento em dermatologia pela Telemedicina tem diminuído a fila em aproximadamente 65%. Isto significa menos tempo de espera e maior resolutividade da unidade básica.
Logo, a qualificação do encaminhamento é o impacto mais importante deste serviço ao agir diretamente num grande problema da assistência em saúde: o encaminhamento indevido.
Segundo o dermatologista responsável pele implantação da Teledermatologia, Daniel Holthausen Nunes, quanto mais fiel ao protocolo de aquisição das fotos, maior a probabilidade dos especialistas laudarem corretamente. Outro benefício é a diminuição de custos de viagens, pois o paciente pode ser encaminhado já com os exames necessários para iniciar o tratamento específico, diminuindo a necessidade da visita inicial e retorno.
No âmbito do SUS, este processo tem a função de dar suporte ao médico assistente do paciente, deixando o especialista como um consultor nos casos específicos, mas mantendo o paciente sob tutela do seu médico de origem.
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