Gerência de Saúde faz um alerta para a prevenção da AIDS
Com o aumento nos casos identificados de Aids na região, a Gerência de Saúde (Gersa) da Secretaria de Desenvolvimento Regional de Concórdia (SDR) faz um alerta à toda a população, sobre a prevenção da doença no Dia Mundial de Combate a Aids, que acontece nesta segunda-feira, 1º de dezembro. A data foi instituída pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1988 para conscientizar a todos sobre a pandemia de Aids no mundo e estimular o debate sobre a prevenção e tratamento.
O uso de preservativos masculinos e femininos são grandes aliados na prevenção da doença e estão à disposição de forma gratuita na Gersa. “A conscientização sobre o uso do preservativo tem grande relevância no processo de redução e controle do número de casos de Aids na região. O preservativo previne a Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis (DST)”, informa a enfermeira da vigilância epidemiológica, Terezinha Sulenta.
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) estará promovendo ações no Estado para informar a população sobre a doença e o diagnóstico do HIV com o teste rápido. “Além da prevenção, com o uso de preservativo, o diagnóstico precoce também é importante para conter o avanço da doença. Quanto mais cedo for descoberta a infecção, maior qualidade de vida terá o paciente e menor será o risco de transmissão”, afirma diretor da Dive/SC, Eduardo Macário.
A Aids é uma doença causada pelo vírus HIV, que afeta o sistema imunológico do ser humano e o deixa cada vez mais suscetível a infecções e tumores. Apesar de já contar com um tratamento mais eficiente, à base de medicamentos, a doença ainda não tem cura e merece toda atenção e preservação.
Santa Catarina é o segundo Estado do país com a maior taxa de novos casos de Aids: foram 33,5 novos casos por cem mil habitantes em 2013. Fica atrás do Rio Grande do Sul. Dos 20 municípios do país com mais de 50 mil habitantes e com maiores taxas de detecção em 2013, oito são catarinenses: Itajaí, Balneário Camboriú, Rio do Sul, Camboriú, Biguaçu, São José, Florianópolis e Criciúma.
O Estado também tem a quarta maior taxa de óbitos pela doença no Brasil, sendo registradas 7,8 mortes a cada cem mil habitantes. O primeiro estado brasileiro em número de mortes é o Rio Grande do Sul, seguido pelo Rio de Janeiro e pelo Pará. Em SC, cerca de 20 mil pessoas vivem com HIV/AIDS e estão em tratamento. De janeiro a outubro de 2014, cerca de três mil iniciaram o tratamento.
A Dive chama atenção para o aumento na proporção de infecção entre jovens de 15 a 24 anos. Em 2010, foram detectados 166 novos casos. Em 2013, 247 pessoas foram diagnosticadas com a doença, a maioria (64%) homens. “Isto demonstra a necessidade de se reforçar as estratégias de prevenção nesta faixa etária, especialmente no uso do preservativo”, ressalta a gerente de Vigilância das DST, Aids e Hepatites Virais, Ingrid Bittencourt.
De acordo com a gerente, a meta da Dive é intensificar e incentivar o uso do teste rápido para a detecção do HIV nas unidades de saúde do Estado. Esse tipo de exame, que utiliza apenas uma gota de sangue do paciente, permite a detecção não só do HIV, mas de outras doenças, como a sífilis e hepatite dos tipos B e C. Os resultados são obtidos em menos de meia hora.
A Aids e o HIV
HIV é a sigla em inglês para o Vírus da Imunodeficiência Humana, responsável por causar a Aids. Após o contágio, a doença pode demorar até 10 anos para se manifestar. Dessa forma, a pessoa pode ser portadora do vírus sem desenvolver a doença.
O HIV é encontrado no sangue, no esperma, na secreção vaginal e no leite materno das pessoas infectadas pelo vírus, e mesmo sem apresentar sintomas pode ser transmitido durante relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação.
Ao desenvolver a Aids, o HIV começa um processo de destruição dos glóbulos brancos do organismo da pessoa doente. Como esses glóbulos brancos fazem parte do sistema de defesa dos seres humanos, sem eles o doente fica desprotegido e várias doenças oportunistas podem aparecer.
Como se pega o HIV:
– Fazendo sexo vaginal, oral ou anal sem camisinha, com alguém infectado;
– Compartilhando agulhas e seringas;
– Da mãe para o filho, durante a gravidez, no parto ou na amamentação;
– Através de transfusões de sangue contaminado pelo HIV. Daí a importância de só receber sangue testado para o HIV e outras doenças;
– Outra forma menos frequente de transmissão se dá através de materiais perfurocortantes contaminados pelo – HIV, utilizados na aplicação de tatuagens, injeções, nos serviços de manicure e barbeiro (principalmente alicates, navalhas e lâminas de barbear), instrumentos odontológicos e cirúrgicos, entre outros.
Como não se pega Aids?
– A Aids não é transmitida em banhos de piscina, vasos sanitários, maçanetas, banco de ônibus, nem sentando ou pisando em locais quentes ou frios. Também não se pega através de abraços e apertos de mão.
Como evitar a Aids?
– Usando sempre camisinha em qualquer tipo de relação sexual (anal, oral ou vaginal), seja homem com homem, mulher com mulher ou mulher com homem;
– Não compartilhando agulhas ou seringas;
– Recebendo somente transfusão de sangue testado;
– Evitando contatos com objetos perfurocortantes não esterilizados.
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Ana Paula Bandeira
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