Novos pontos da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) devem ser criados para o atendimento dos municípios que compõem a SDR Campos Novos. Isso porque, no final de julho, foi aprovado pelo Ministério de Saúde o Plano da RAPS que contemplou a previsão de instalação de novos serviços em saúde mental na região de saúde do Meio-Oeste, na qual estão inclusos 20 municípios das Secretarias de Desenvolvimento Regional de Campos Novos e Joaçaba.

De acordo com a gerente de saúde da SDR Campos Novos, Milena Becher, que é membro do Grupo Condutor do Estado e Coordenadora do Grupo Condutor Regional do Meio Oeste, do Alto Vale do Rio do Peixe e do Alto Uruguai Catarinense, essa é uma conquista de mais de dois anos de lutas, quando começou a ser construído o Plano Estadual da Rede.

“Por meio da formação de um comitê regional e um levantamento de dados chegamos à conclusão que alguns pontos da rede de atenção precisavam ser implantados para que pudéssemos atender à demanda dos municípios na área de saúde mental, álcool, crack e outras drogas. Com isso, todo o sistema de atendimento de saúde no Estado passa por uma remodelação e reorganização, mais completa e eficaz para os usuários do SUS”, explicou.

Assim, entre os municípios que compõem a SDR Campos Novos devem ser instalados um Centro de Atenção Psicossocial Microrregional (CAPS), em Vargem, uma Unidade de Acolhimento Infanto Juvenil, com capacidade para 15 pessoas, e um Centro de Atenção Psicossocial especializado em Álcool e Drogas, previsto para Campos Novos. Além destes serviços, o plano contemplou ainda, a instalação de cinco  leitos de Saúde Mental no Hospital Dr. José Athanásio, também no município.

Entre outros serviços aprovados nesta última etapa estão: uma Unidade de Acolhimento Adulto, também com 15 vagas, em Herval D’Oeste, um CAPS Infantil, e uma Comunidade Terapêutica, em Luzerna, que serão referencia para os municípios que compõem a SDR Campos Novos.

A gerente de saúde ressalta que todos os serviços aprovados precisam ser de interesse das prefeituras municipais para que sejam implantados. “Essa é uma conquista feita pelo Estado, porém as prefeituras que deverão fazer os trâmites de implantação e para isso, precisam valorizar as necessidades dos seus munícipes, que através das estimativas estão evidentes”, afirmou Milena.

Noa municípios que compõem a região de saúde do Meio-Oeste, no ano de 2013, foram estimados mais de 41 mil pessoas com manifestações de ordem psíquica ou comportamental. Destas, algo em torno de 18,5 mil pessoas demandaram por assistência de saúde por parte da rede de atenção básica ou ainda especializada.

Com base nos número de 2013, só na Regional, há uma estimativa de 5.779 novos casos de transtornos psíquicos ou comportamentais que irão demandar atendimento por parte da Estratégias de Saúde da Família (ESF). “Esses números crescem ano a ano, não podemos fechar os olhos para isso. Além do mais, é necessário que as ESF estejam preparadas para recebê-los, e tenham como referência os pontos de atenção psicossociais estruturados para que o atendimento seja eficiente e resolutivo”, finalizou.

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