Tendo em vista o crescente rebaixamento no nível de água da Lagoa do Caverá, que tem gerado preocupação principalmente nas comunidades que circundam a Lagoa, o secretário executivo da Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) de Araranguá, Ivan Gabriel Milanez Ávila, realizou uma vistoria no local na última quinta-feira, 17, juntamente com uma equipe técnica.

Participaram também da vistoria o coordenador Regional da Defesa Civil, Sebastião Antônio de Souza; o gerente de políticas socioeconômicas, rurais e urbanas da ADR, Joacir José Neto; a co-coordenadora do Projeto Geoparque, educadora com pós-graduação em Geografia Sung Chen Lin, e o agricultor e morador do entorno da Lagoa, José Gonçalves Elias. A visita técnica foi realizada na embarcação disponibilizada pelo Corpo de Bombeiros de Araranguá e conduzida pelo Bombeiro Militar João Ricardo Ferreira.

Segundo o agricultor José Gonçalves Elias, em 1966 a Lagoa apresentava mais de 3 metros de profundidade. Hoje, em alguns pontos, não existe mais água. Em outros, a lâmina não chega a 60 cm (inclusive dificultou a navegação da equipe durante a visita na Lagoa). “Na agricultura esta perda causou a queda na produção de mais de 40%. Caso não seja tomada nenhuma atitude urgente, vamos perder um grande manancial de água potável. Nos preocupamos com as futuras gerações”, disse.

Os quase mil hectares de extensão da Lagoa do Caverá, maior Lagoa de água doce da Região, que abrange os Municípios de Araranguá, Sombrio, Balneário Gaivota e Balneário Arroio do Silva, fazem parte da Bacia do Mampituba. O problema se agravou nos últimos anos por um canal de drenagem construído no local que causou maior vazão da água.

A solução para o problema, segundo projeto contratado pelo Deinfra (Departamento Estadual de Infaestrutura) em 2014, é a construção de um vertedouro que garantirá o controle de saída de água do lago, interligado com a lagoa de Sombrio por um canal com 21 metros de largura e seis quilômetros de extensão.

Em contato com o gerente de Meio Ambiente do Deinfra, Paulo Eduardo Ribeiro Borges, a ADR obteve a informação de que o Departamento está viabilizando o orçamento para a realização de estudos técnicos exigidos pela Fatma (Fundação do Meio Ambiente). “Pudemos constatar a urgência da obra do vertedouro para evitar a morte da Lagoa. Por isso, iremos nos empenhar junto aos órgãos competentes para agilizar a realização desta tão importante obra”, concluiu Ivan Ávila.

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