Em mais uma busca pela localização de pessoas desaparecidas, a Delegacia de Polícia de Pessoas Desaparecidas (DPPD) em parceria com o Instituo Geral de Perícias (IGP) começam a criar seu banco de DNA para possíveis confrontos e identificações. “Com a certeza científica não há o que contestar e o material ainda pode ser guardado por anos”, destacou o Delegado Titular da DPPD, Wanderley Redondo.

A primeira coleta em parceria ocorreu na última quinta-feira, 10, quando a equipe se deslocou até Balneário Barra do Sul, onde colheu através de amostra de sangue coletado do dedo dos pais biológicos de um homem, desaparecido em 2004 naquele Balneário, na época com sete anos. Nesta oportunidade, a DPPD conheceu in loco como se processa o sangue coletado das famílias.

As amostras serão coletadas dos familiares e guardadas no IGP. Essas amostras coletadas terão seu DNA extraído e os perfis genéticos obtidos e inseridos no Banco de Perfis Genéticos Estadual. Esses perfis serão os primeiros relacionados a parentes de pessoas desaparecidas a serem cadastradas no Banco Estadual, o qual utiliza o programa CODIS (Combined DNA Index System) cedido pelo FBI ao Estado através de Termo de Cooperação Técnica.

“A importância desta iniciativa é a implementação de uma rotina técnica que permita confrontar os perfis genéticos destes parentes com outros perfis inseridos tanto no Banco Estadual quanto no Banco Nacional de Perfis Genéticos. Dessa forma, mesmo que o indivíduo sem identificação reapareça em outro estado, o CODIS permitirá a identificação através do cruzamento de informações, o que não ocorria até o presente momento”, ressaltou o perito Clineu Julien Seki Uehara.

“O banco de DNA vem se unir à busca de uma rotina que a DPPD tem como meta: para que nenhuma pessoa fique sem identificação e que os familiares não sofram por anos a incerteza e angústia de não saber o que houve com seu ente querido”, concluiu Redondo.

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