Seminário para avaliar os 30 anos da luta contra a AIDS no Estado é realizado em Balneário Camboriú até quarta-feira
Tem início às 19 horas desta terça-feira,9, em Balneário Camboriú, o Seminário Estadual “Trinta anos da luta contra a AIDS em Santa Catarina”. O evento, realizado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), será no Hotel Marambaia e prossegue até quarta, 10. Na programação consta também homenagem aos profissionais que se destacaram na luta contra a doença no Estado.
“É um momento para se refletir sobre esse período, os avanços e desafios na prevenção, diagnóstico e tratamento. Além da prevenção, com o uso de preservativo, o diagnóstico precoce também é importante para conter o avanço da doença. Quanto mais cedo for descoberta a infecção, maior qualidade de vida terá o paciente e menor será o risco de transmissão”, observa Eduardo Macário, diretor da DIVE.
Santa Catarina é segundo Estado do país com a maior taxa de detecção de novos casos de AIDS. Em 2013 foram registrados 33,5 novos casos por 100 mil habitantes. Fiica atrás apenas do Rio Grande do Sul. Dos 20 municípios do país com mais de 50 mil habitantes e com maiores taxas de detecção em 2013, oito são catarinenses: Itajaí, Balneário Camboriú, Rio do Sul, Camboriú, Biguaçu, São José, Florianópolis e Criciúma.
O estado também tem a quarta maior taxa de óbitos pela doença no Brasil, sendo registradas 7,8 mortes a cada 100 mil habitantes. O primeiro estado brasileiro em número de mortes é o Rio Grande do Sul, seguido do Rio de Janeiro e Pará. Em Santa Catarina, aproximadamente 20 mil pessoas vivem com HIV/AIDS e estão em tratamento. De janeiro a outubro de 2014, cerca de 3 mil iniciaram o tratamento.
A DIVE chama atenção para o aumento na proporção de infecção entre jovens de 15 a 24 anos. Em 2010 foram detectados 166 novos casos. Em 2013, 247 pessoas foram diagnosticadas com a doença, a maioria (64%) homens. “Isto demonstra a necessidade de se reforçar as estratégias de prevenção nesta faixa etária, especialmente no uso do preservativo”, ressalta a gerente de Vigilância das DST, AIDS e Hepatites Virais, Ingrid Bittencourt.
A gerente também ressalta a importância do teste rápido para a detecção do HIV nas unidades de saúde do Estado. “Esse tipo de exame, que utiliza apenas uma gota de sangue do paciente, permite a detecção não só do HIV, mas de outras doenças como a Sífilis e Hepatite dos tipos B e C. Os resultados são obtidos em menos de meia hora”, explica Ingrid.
A Aids e o HIV
HIV é a sigla em inglês para o Vírus da Imunodeficiência Humana, responsável por causar a Aids. Após o contágio, a doença pode demorar até 10 anos para se manifestar. Dessa forma, a pessoa pode ser portadora do vírus sem desenvolver a doença.
O HIV é encontrado no sangue, no esperma, na secreção vaginal e no leite materno das pessoas infectadas pelo vírus, e mesmo sem apresentar sintomas pode ser transmitido durante relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação.
Ao desenvolver a AIDS, o HIV começa um processo de destruição dos glóbulos brancos do organismo da pessoa doente. Como esses glóbulos brancos fazem parte do sistema de defesa dos seres humanos, sem eles o doente fica desprotegido e várias doenças oportunistas podem aparecer.
Como se pega o HIV
• Fazendo sexo vaginal, oral ou anal sem camisinha, com alguém infectado;
• Compartilhando agulhas e seringas;
• Da mãe para o filho, durante a gravidez, no parto ou na amamentação;
• Através de transfusões de sangue contaminado pelo HIV. Daí a importância de só receber sangue testado para o HIV e outras doenças;
• Outra forma menos frequente de transmissão se dá através de materiais perfurocortantes contaminados pelo HIV, utilizados na aplicação de tatuagens, injeções, nos serviços de manicure e barbeiro (principalmente alicates, navalhas e lâminas de barbear), instrumentos odontológicos e cirúrgicos, entre outros.
Como não se pega Aids
• A Aids não é transmitida em banhos de piscina, vasos sanitários, maçanetas, banco de ônibus, nem sentando ou pisando em locais quentes ou frios. Também não se pega através de abraços e apertos de mão.
Como evitar a Aids?
• Usando sempre camisinha em qualquer tipo de relação sexual (anal, oral ou vaginal), seja homem com homem, mulher com mulher ou mulher com homem;
• Não compartilhando agulhas ou seringas;
• Recebendo somente transfusão de sangue testado;
• Evitando contatos com objetos perfurocortantes não esterilizados.
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Ana Paula Bandeira
Secretaria de Estado de Saúde/SC
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