Mais de 200 municípios catarinenses já disponibilizam os testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites B e C para a população. Os testes são feitos, gratuitamente, nas unidades da rede pública de saúde. A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), vinculada à Superintendência de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde (SES), mantém um processo contínuo de capacitação dos profissionais de saúde das gerências regionais e dos municípios para a realização dos testes rápidos.

Nos municípios, os exames podem ser realizados nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), nos Serviços Ambulatoriais Especializados (SAE), na assistência a pessoas vivendo com HIV/Aids, nas unidades que realizam pré-natal, nos serviços de urgência e emergência, nos programas de Tuberculose do Sistema Único de Saúde e nas unidades prisionais do Estado.

Segundo a gerente de Vigilância das DST/HIV/Aids e Hepatites Virais, Elma Fior da Cruz, a  estratégia adotada pela DIVE nos treinamentos é tornar as pessoas já capacitadas também responsáveis pela replicação do conhecimento a outros profissionais da saúde. “Desta forma, vamos ampliar a rede de testagem em suas regiões, facilitando o acesso aos diagnósticos e tratamentos”, esclarece.

Por ser portátil, o teste é facilmente executado em locais remotos, como para populações indígenas e quilombolas. Também devem ser organizadas ações em locais públicos para atender moradores de rua, usuários de drogas e profissionais do sexo.

O teste rápido é um tipo de exame que utilizando apenas uma gota de sangue do paciente permite a detecção de doenças como HIV, sífilis, hepatites dos tipos B e C. É um método prático e ágil, que vem sendo utilizado no país há mais de 10 anos. Esse método possibilita ao paciente, em menos de meia hora, ter acesso aos resultados e receber o encaminhamento necessário de acordo com sua situação.

O resultado do teste tem a mesma confiabilidade dos exames convencionais, não havendo a necessidade de repetição em laboratório. Porém, assim como ocorre com os testes laboratoriais, exames complementares são necessários no caso da confirmação da doença. É o caso do teste rápido para hepatite C. Se o resultado for positivo, é necessário realizar outros exames para definir qual tratamento seguir.

A gerente de Vigilância das DST/HIV/Aids e Hepatites Virais explica que “o objetivo da implantação do teste rápido é o diagnóstico precoce, a fim de alcançar uma redução da transmissão de DST´s e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida dos portadores desses tipos de doença”. O teste é indicado também para o diagnóstico durante o período pré-natal. Elma ressalta que quem tiver interesse em realizar o teste deve procurar as unidades de saúde de sua região para obter mais informações. Não há limite de idade para a realização do exame.

O Ministério da Saúde (MS) e a Secretaria de Estado da Saúde têm buscado constantemente a definitiva implementação do teste rápido em Santa Catarina, visando ampliar o acesso ao diagnóstico dessas infecções e inserir os portadores na rede assistencial. “O diagnóstico e o tratamento dessas doenças são essenciais para a prevenção de novos casos”, destaca Elma.

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