O próximo trimestre segue com previsão de chuva acima da média em Santa Catarina, segundo a Epagri/Ciram. Nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, a chuva deve intercalar-se com períodos de sol, sendo mais frequente na forma de pancadas mais concentradasno período da tarde e da noite. O fenómeno El Niño tem maior influência no Sul do Brasil na primavera, favorecendo aumento da chuva e tempestades severas. No verão, a influência do El Niño deve diminuir.

 

 

Nos meses de dezembro e janeiro, a média mensal varia de 140mm a 240mm de chuva, de forma mais frequente a partir da segunda quinzena de dezembro. Durante o trimestre, os episódios de precipitação normalmente ocorrem associados a passagens de frentes frias pelo Sul do Brasil e, com menos frequência, a Sistemas Convectivos de Mesoescala (SCM) que provocam chuvas mais intensas em SC, especialmente no Oeste e Meio-Oeste. O processo convectivo da tarde e noite (chuvas de verão) são responsáveis por boa parte da chuva no trimestre.

 

 

A previsão é de temperatura acima da média climatológica no trimestre, especialmente nos meses de dezembro e janeiro. As temperaturas elevadas e a umidade alta darão a sensação de ar abafado com mais frequência durante o verão de 2015/2016. Sobre tudo as temperaturas mínimas, no período noturno e início da manhã, estarão mais elevadas em relação ao que seria esperado para o período.

 

 

O monitoramento das condições oceânicas indica a persistência de anomalias positivas de TSM (Temperatura da Superfície do Mar) no Oceano Pacífico Equatorial, região de monitoramento do El Niño, com valores pontuais de 3°C a 5ºC, como mostram as Figuras 1 e 2. O consenso dos modelos de previsão climática indica a continuação do fenômeno El Niño forte com pico mais intenso em dezembro. O El Niño segue no verão de 2016, mas com diminuição gradativa. Os modelos climáticos indicam o enfraquecimento do fenômeno no final do verão, porém persistindo até o outono de 2016.

 

Segundo estudos científicos, a maior influência do El Niño ocorre na primavera do ano em que o fenômeno começa (2015) e no outono do ano seguinte (2016).