Udesc promove seminário nesta segunda-feira para divulgar projeto que busca eliminar lixo orgânico de Lages
Divulgar o projeto Minicompostagem Ecológica e marcar a data para que todas as escolas públicas de Lages não produzam mais lixo orgânico são as principais metas do seminário Lixo Orgânico Zero em Lages, que o Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), realizará na manhã desta segunda-feira, 23, no Anfiteatro Caverna.
Na abertura do encontro, que começa às 8h30, o professor de Agronomia da Udesc Lages Germano Güttler apresentará o projeto, idealizado por ele e desenbvolvido no curso, que pretende deixar a cidade de Lages livre de lixo orgânico.
Além do levantamento do que já foi realizado, Güttler fará uma demonstração da viabilidade da iniciativa, que elimina o lixo transformando-o em húmus para usá-lo no cultivo de plantas ou hortaliças.
Segundo o professor, a idéia já foi adotada por quatro unidades escolares de Lages, que relatarão suas experiências durante o seminário. Os alunos desses estabelecimentos aprenderam como fazer a minicompostagem ecológica. O lixo orgânico é separado pelos alunos e professores em lixeiras diferenciadas para depois ser utilizado nos canteiros.
A meta agora é divulgar o projeto em outras 20 escolas do município, diz o professor da Udesc Lages. Nos âmbitos estadual e municipal, segundo Güttler, a causa já foi abraçada pela Secretaria Regional de Educação e pelas municipais de educação, meio ambiente e saúde.
O plano para 2014 é fazer com que todas as escolas da rede pública participem do projeto da universidade, o que envolveria cerca de 40 mil alunos.
De acordo com o professor da Udesc Lages, o lixo pode ser transformado em matéria orgânica da seguinte maneira:
- Separar em recipiente o lixo orgânico, como restos de comida, cascas de frutas e papel toalha usado;
- Depositar uma camada de 20 centímetros de lixo sobre a terra;
- Para evitar moscas, cobrir o lixo com cepilho ou grama;
- Oxigenar a área;
- Após 35 dias, o material orgânico estará pronto para ser utilizado.
Economia
O lixo orgânico gerado em Lages representa em torno de 60% do volume total do resíduo urbano, enquanto o lixo potencialmente reciclável (papel, papelão, plásticos, metais e vidros) chega a 35%.
Segundo o idealizar do projeto da Udesc Lages, esse material se perde porque os moradores e o processo de coleta misturam os dois tipos de lixo. A solução, aponta Germano Güttler, é a separação e a destruição total do lixo orgânico no local onde é gerado.
Ele calcula que Lages economizaria, com a adoção do método, em torno de R$ 2,6 milhões por ano, valor que a prefeitura gasta na coleta do lixo. “Além dessa economia, muitas pessoas que vivem da reciclagem teriam um trabalho mais digno e limpo, além de evitarem doenças”, ressalta o professor.
Para Güttler, a minicompostagem é simples e de fácil aplicação, já que pode destruir grandes quantidades de lixo orgânico em pequenas áreas, além de ser facilmente utilizada por um período indefinido de tempo. É possível produzir 400 quilos de material orgânico por metro quadrado. O método pode ser aplicado também em casa, em apartamento ou até em vasos e floreiras.
Informações adicionais
Jornalista Valmor Pizzetti
Assessoria de Comunicação da Udesc
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